UE adia decisão sobre refugiados iraquianos

A União Européia adiou a decisão a respeito da entrada de refugiados políticos iraquianos na Europa, ingnorando os apelos insistentes de organizações religiosas e de defesa dos direitos humanos. Os 27 ministros do Interior dos países da UE optaram pelo adiamento de uma postura comum do bloco para setembro, posição defendida principalmente pelo ministro alemão, Wolfgang Schäuble.

Segundo ele, uma possível não aceitação de refugiados iraquianos pelos países europeus foi defendida pelo primeiro-ministro do Iraque, Nuri Al-Maliki, sob o argumento de que poderia ocorrer uma emigração em massa de cristãos iraquianos. Tal onda migratória, de acordo com Schäuble, traria graves conseqüências ao processo de reconstrução do Iraque, uma vez que da população cristã faz grande parte da mão-de-obra qualificada do país. As Nações Unidas estimam o número de refugiados iraquianos em aproximadamente 4,7 milhões. (sv)