Suposto terrorista é preso em Frankfurt
O suposto terrorista islâmico Harun Aydin, de 29 anos, foi preso no aeroporto de Frankfurt na última quarta-feira (17/10). Tudo indica que o estudante turco estaria planejando um atentado, conforme esclareceu nesta terça-feira (23/10) o promotor público Kay Nehm.
Aydin foi detido quando embarcava em um avião da Iran Air, com destino a Teerã. Em sua bagagem, a polícia encontrou uma máscara contra gás, um uniforme de camuflagem e um macacão especial de proteção contra armas químicas, biológicas e nucleares. O jovem também portava um CD-ROM com um programa de treinamento detalhado e recomendações para a chamada Guerra Santa, além de dois passaportes: um turco e outro alemão.
De acordo com o promotor, Aydin é um dos líderes da associação Califas de Colônia, chefiada pelo extremista islâmico Metin Kaplan, o autodenominado “Califa de Colônia", que atualmente cumpre uma pena de quatro anos de prisão.
Aydin está recluso na penitenciária de Darmstadt. O tribunal de Frankfurt expediu um mandato de prisão contra ele, alegando seu envolvimento com uma associação criminosa e também por suspeita de planejar delitos graves, como assassinatos e homicídio culposo.
Advogado defende - O advogado de defesa de Aydin, Michael Murat Sertzös, rechaça as acusações. Ele disse que seu cliente foi vítima de um mau entendido. Como estava com excesso de bagagem, Aydin teria pedido para um outro turco chamado Mehmet, que portava pouca mala, para que suas bagagens fossem despachadas juntas na hora do check in, evitando, assim, o pagamento extra do excedente.
Justamente o material aprendido pela polícia não pertence a Aydin, segundo afirmou seu advogado. As malas teriam sido trocadas. Os uniformes de batalha e a máscara militar não são de sua propriedade. Ele tampouco teria escrito uma carta de despedida, como foi divulgado pela imprensa.
Pronto para agir - Um jornal de Colônia publicou que os objetos encontrados são utensílios típicos de um terrorista preparado para agir. Aydin é concunhado de Metin Kaplan e trabalhava na organização radical islâmica como especialista em informática, responsável pela diagramação da revista da associação.
A associação Califas de Colônia possui cerca de 1100 sócios em toda a Alemanha e estava há anos, sob suspeita de promover atos de discriminação racial e atentar contra a ordem democrática. No final dos anos 90, a organização manteve contato com Osama bin Laden, acusado de ser o responsável dos atentados terroristas nos Estados Unidos, em 11 de setembro.