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Representante dos trabalhadores da Volks embolsou 780 mil euros

15 de julho de 2005
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Começam a aparecer números concretos no escândalo das supostas "viagens de lazer" para os representantes dos trabalhadores da Volkswagen. Só o ex-executivo da área de Recursos Humanos Klaus-Joachim Gebauer teria embolsado 780 mil euros, nos últimos dois anos, mediante apresentação de "faturas pessoais", informa o jornal Neue Presse, de Hannover, nesta sexta-feira (15/07).

As faturas teriam sido entregues à Promotoria Pública da cidade de Braunschweig para fins de investigação. Segundo o jornal, Gebauer – responsável pela coordenação entre a diretoria e o conselho de fábrica da Volks – dispunha de um "orçamento livre de controle". As "faturas pessoais" eram emitidas na falta de recibos para determinados gastos. Segundo informações da imprensa alemã, dessa forma a montadora teria financiado "viagens de lazer" para os representantes dos trabalhadores.

A Promotoria Pública informou que as investigações do escândalo da Volkswagen ainda podem demorar meses. O caso – em que está envolvida também uma brasileira – já derrubou os diretores de Recursos Humanos da Skoda (subsidiária tcheca), Helmuth Schuster, e do grupo Volkswagen, Peter Hartz, bem como o presidente do conselho de fábrica da montadora alemã, Klaus Volkert.

Hartz, que manifestou a intenção de pedir aposentadoria precoce, ainda poderá ser beneficiado por uma indenização de 800 mil euros, informa o jornal Bild. O contrato do ex-diretor de Recursos Humanos com a Volks vai até 2007. Só de aposentadoria, ele deve receber 15 mil euros por mês. Já o jornal Die Welt diz que a montadora não descarta cobrar uma indenização de Hartz por prejuízos que o escândalo estaria provocando à empresa.