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Países da Otan concordam em gastar 5% do PIB com defesa

22 de junho de 2025

Os 32 membros da aliança militar ocidental chegam a um acordo após a Espanha, que se opunha ao aumento dos gastos militares, negociar isenção da regra.

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Soldado americano filma tanque durante exercício conjunto da Otan na Europa
Pelo acordo, os países da aliança terão que investir ao menos 3,5% de seu PIB em gastos exclusivos de defesa, como Forças Armadas, equipamentos e treinamentoFoto: Louisa Gouliamaki/REUTERS

Numa vitória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram neste domingo (22/06) em aumentar a meta de gastos de defesa dos atuais 2% para 5% do PIB até 2035.

Trump era um forte defensor do aumento dos gastos militares e queixava-se frequentemente de que os EUA estavam sobrecarregados na aliança, formada por 32 países.

A medida ainda deve ser aprovada formalmente durante o encontro de cúpula da Otan que começa nesta terça-feira em Haia, na Holanda.

Pelo acordo, os países da aliança terão que investir ao menos 3,5% de seu PIB (soma de todos os bens e serviços que cada nação produz) em gastos exclusivos de defesa, como Forças Armadas, equipamentos e treinamento, e 1,5% em gastos relacionados à defesa, como infraestrutura e indústria.

Espanha negociou isenção

A Espanha tentou bloquear o acordo, chamando a meta de 5% de "desarrazoada" e "contraproducente".

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, chegou a se dirigir à população em um pronunciamento para explicar sua oposição, dizendo que tal gasto seria "desproporcional e desnecessário".

"Respeitamos totalmente o desejo legítimo de outros países de aumentarem seus investimentos em defesa, mas nós não vamos fazer isso", disse Sanchez, argumentando que a Espanha poderia cumprir seus compromissos com a Otan com pessoal e equipamentos gastando apenas 2,1% do PIB.

No fim, Sanchez acabou conseguindo negociar para si uma isenção da regra. De todos os países da Otan, a Espanha é o que tem gastado menos com defesa em termos relativos.

A situação política do premiê espanhol é delicada: ao mesmo tempo em que vê seu governo ameaçado por um escândalo de corrupção, também tem sido pressionado pelo partido com o qual divide o governo a não elevar os gastos militares.

ra/as (AFP, dpa, AP, Reuters)