Funcionários da VW e da Audi são acusados de corrupção e recebimento de propinas
25 de julho de 2006Empregados da Volkswagen e da Audi são acusados de receber propina para favorecimento de uma empresa de autopeças francesa, no fechamento de contratos. Estima-se que a quantia paga chegue a 800 mil euros anuais, desde 1998. A investigação está sendo coordenada pelo promotor Thomas Bechtel, de Frankfurt.
Dois funcionários da Volkswagen e um da subsidiária Audi são acusados de ter recebido anualmente uma soma de 600 mil a 800 mil euros da fabricante de autopeças francesa Faurecia, desde 1998. A contrapartida do acordo seria o favorecimento da Faurecia em relação à concorrência, no fechamento de contratos. Além do dinheiro, os funcionários, com idade de 46 a 64 anos, receberam também móveis e viagens de passeio pagas.
Dinheiro vivo no porão
Em investigação feita no apartamento de um funcionário da Volkswagen, foram encontrados 70 mil euros em dinheiro vivo, escondidos no porão. Um gerente da Faurecia, preso em maio último, confessou que os pagamentos ilegais eram feitos em envelopes de carta ou em transações declaradas como "pagamento extra". O funcionário afirma que agia com o consentimento da empresa francesa.
A Faurecia é uma das maiores fabricantes de autopeças do mundo e abastece diversas empresas, atingindo um volume de negócios de 11 bilhões de euros. Seus contratos com outras montadoras serão investigados e já há suspeitas de que um funcionário da Seat também tenha recebido propina.
As constatações foram feitas a partir de uma investigação que teve início em 2005, sobre funcionários que haviam criado empresas-fantasma, a fim de driblar o controle das autoridades e enriquecer às custas das companhias para as quais trabalhavam.
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