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ConflitosOriente Médio

Em três dias, Israel derruba três prédios na Cidade de Gaza

7 de setembro de 2025

Em sua ofensiva ampliada, forças armadas israelenses miram capital de Gaza, apontada como último bastião do Hamas. Vídeos mostram prédios altos tombando e pânico entre civis.

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Bomba explode em prédio em área residencial da Cidade de Gaza
Ataque israelense atinge torre Al-Ru'ya, na Cidade de Gaza Foto: Ali Jadallah/Anadolu Agency/IMAGO

Israel bombardeou três edifícios altos residenciais na Cidade de Gaza nos últimos três dias, após anunciar que ampliaria sua ofensiva militar no que considera ser o principal reduto do grupo extremista Hamas.

Neste domingo (07/09), o exército israelense destruiu um prédio chamado de Al-Ru'ya, que estaria sendo usado pelo Hamas para monitorar a localização das tropas israelenses, após emitir aviso de evacuação.

No sábado, um prédio de 15 andares foi destruído por aviões de guerra, com imagens postadas nas redes sociais pelo ministro da Defesa israelense. Um hospital da Cidade de Gaza comunicou que uma pessoa morreu no ataque.

Ataques aéreos durante a madrugada de sábado para domingo mataram 14 pessoas, segundo autoridades de saúde locais, incluindo um ataque a uma escola no sul da cidade de Gaza que abrigava palestinos deslocados. Foram emitidos alertas de evacuação minutos antes.

Na sexta-feira, o segundo prédio mais alto de Gaza desabou após ser atingido por mísseis.

As ordens de evacuação intensificaram um movimento de fuga da Cidade de Gaza para campos superlotados no centro do enclave — um fluxo que jornalistas no local e agências humanitárias consideram insustentável diante da falta de água, alimentos e abrigo.

A ONU e organizações parceiras reiteraram que a expansão da ofensiva, com restrições de entrada de insumos e verificações de segurança, amplifica o risco de fome em massa em todo o território. 

Protestos

A ofensiva intensificada ocorre em meio a protestos em Israel por um acordo que encerre a guerra e traga de volta os reféns.

Protesto em Jerusalém
Protestos em Jerusalém pedem por um acordo que ponha fim à guerra e o retorno dos reféns israelenses em poder do HamasFoto: Tania Kraemer/DW

Familiares pressionam o governo, enquanto pesquisas mostram desgaste do apoio público ao prolongamento do conflito – que já matou mais de 60 mil palestinos, segundo o governo do Hamas.

A exigência por parte de Israel de que o Hamas se desarme e liberte todos os reféns capturados em 7 de outubro de 2023 que ainda estão em seu poder é rechaçada pelo grupo, que exige, antes de tudo, um cessar-fogo permanente e a retirada das tropas israelenses dos territórios palestinos.

"Último aviso"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, grande aliado de Israel, disse neste domingo que estava emitindo um "último aviso" ao Hamas, afirmando que o grupo palestino deve aceitar um acordo para libertar reféns em Gaza.

"Os israelenses aceitaram meus termos. É hora de o Hamas aceitar também. Eu alertei o Hamas sobre as consequências de não aceitar. Este é meu último aviso", escreveu Trump em suas redes sociais.

sf/as (Reuters, AFP, ots)