Eleição antecipada não muda planos alemães para ONU
26 de maio de 2005Independente da antecipação da eleição parlamentar, em setembro, o governo em Berlim pretende prosseguir seus esforços diplomáticos pelo mandato permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Círculos diplomáticos em Nova York disseram que a surpreendente reviravolta no cenário político interno alemão não tem "efeito prático" sobre as sugestões do Grupo dos Quatro (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) para reformas nas Nações Unidas.
A Alemanha e seus três aliados apresentaram na semana passada um projeto de resolução para a reforma, cujo cronograma prevê decisões em três fases. A última seria em meados de julho. Duas semanas depois, seriam feitas as alterações necessárias na Carta das Nações Unidas. Desta forma, tudo estaria decidido até a assembléia geral da ONU, entre 14 e 16 de setembro.
Se, no entanto, o chefe do governo alemão, Gerhard Schröder, e seu vice, Joschka Fischer, estarão presentes, é difícil de prever, pois provavelmente poucos dias depois acontecem as eleições na Alemanha. Mesmo que a oposição vença este pleito, as metas no Conselho de Segurança não estão ameaçadas, pois são uma ambição alimentada já pelo governo democrata-cristão de Helmut Kohl.