Doze países da UE dispostos a participar de tropa da ONU no Líbano
16 de agosto de 2006No encontro de embaixadores dos comitês de Política e Política de Segurança, em Bruxelas, nesta quarta-feira (16/08), 12 dos 25 países da União Européia (UE) pronunciaram-se em princípio dispostos a participar de uma tropa de paz das Nações Unidas no sul do Líbano.
São eles Bélgica, França, Reino Unido, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polônia, Eslováquia, Espanha, Suécia, República Tcheca e Alemanha. Os representantes salientaram, no entanto, que detalhes da missão ainda precisam ser definidos por cada país e pelas Nações Unidas.
A França já havia anunciado no final de semana sua intenção de comandar a missão. Já o embaixador britânico informou que seu país poderia participar apenas de missões marítimas ou aéreas, pois suas tropas terrestres já atuam em missões no Iraque e no Afeganistão.
Participação alemã
Na Alemanha, as lideranças da coalizão de governo discutiram a participação alemã na tropa de paz num encontro realizado nesta quarta-feira na cidade bávara de Bayreuth. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, que também é presidente da União Democrata Cristã (CDU), e os presidentes do Partido Social Democrata (SPD), Kurt Beck, e da União Social Cristã (CSU), Edmund Stoiber, pronunciaram-se em princípio a favor da colaboração alemã à missão da ONU no Oriente Médio.
Em declaração conjunta após o encontro, os líderes partidários salientaram que "a Alemanha quer contribuir com a solução dos problemas políticos no Oriente Médio". Para isso, citam uma série de possibilidades, como a reconstrução do Líbano, a implementação da Resolução 1701 e a imposição de uma paz duradoura na região, "que deve garantir de forma especial o direito de existência de Israel, garantir o desenvolvimento de um Líbano soberano e prever a superação do conflito palestino-israelense com base na solução prevendo dois Estados".
Em primeira linha, as lideranças da coalizão de governo defendem a participação da Alemanha na missão através de unidades da Marinha e forças policiais. As prioridades seriam a ajuda humanitária, a reconstrução e a segurança da fronteira entre Líbano e Síria. Os detalhes concretos desds engajamento, no entanto, dependem das decisões da conferência da ONU sobre o tema, nesta quinta-feira, em Nova York, com a presença do ministro alemão da Defesa.
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