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Doenças transmitidas por mosquitos batem recorde na Europa

20 de agosto de 2025

Continente registrou 27 surtos de chikungunya e 335 de febre do Nilo Ocidental neste ano. Mudanças climáticas contribuem para um "novo normal", afirma agência de saúde da UE.

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Um mosquito no dedo de uma pessoa
Mosquito-tigre-asiático está estabelecido em 369 regiões da Europa, contra 114 há uma décadaFoto: US CfDCaP/epa efe/dpa/picture-alliance

A Europa vem registrando temporadas de transmissão de doenças causadas por mosquitos mais longas e mais intensas, sobretudo no que diz respeito a casos de chikungunya e de febre do Nilo Ocidental.

O continente teve neste ano um número recorde de surtos dessas doenças, e a agência de saúde da União Europeia (UE) alerta que as mudanças climáticas estão contribuindo para um "novo normal" do fenômeno.

Essa mudança é impulsionada por fatores climáticos e ambientais, como aumento das temperaturas, verões mais longos, invernos mais amenos e mudanças nos padrões de precipitação, que se combinam para criar um ambiente favorável para os mosquitos se proliferarem e transmitirem vírus, afirmou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).

"A Europa está entrando em uma nova fase, em que a transmissão mais longa, disseminada e intensa de doenças transmitidas por mosquitos está se tornando o novo normal", disse a diretora do ECDC, Pamela Rendi-Wagner.

Surtos em alta

O mosquito que pode transmitir o vírus chikungunya, o Aedes albopictus, também conhecido como mosquito-tigre-asiático, está agora estabelecido em 16 países europeus e 369 regiões, contra apenas 114 regiões há uma década, informou o ECDC.

A Europa registrou 27 surtos de chikungunya até agora em 2025, um novo recorde para o continente.

Pela primeira vez, foi relatado um caso adquirido localmente na região da Alsácia, na França, "uma ocorrência excepcional nessa latitude, o que sublinha a contínua expansão do risco de transmissão para o norte", afirmou a agência.

Até 13 de agosto, oito países europeus haviam relatado 335 casos humanos adquiridos localmente de infecção pelo vírus do Nilo Ocidental e 19 mortes, sendo a Itália o país mais afetado, com 274 infecções.

É o maior número de casos da doença no período em três anos, afirmou o ECDC, lembrando que o pico sazonal é previsto para agosto ou setembro. 

"À medida que o panorama das doenças transmitidas por mosquitos evolui, mais pessoas na Europa estarão em risco no futuro", disse Celine Gossner, chefe da seção de doenças transmitidas por alimentos, água e vetores e zoonóticas do ECDC.

A prevenção é mais importante do que nunca, tanto por meio de ações coordenadas de saúde pública quanto de medidas de proteção pessoal, disse ela.

O ECDC pediu às pessoas nas áreas afetadas que se protejam contra picadas de mosquito usando repelente, vestindo mangas compridas e calças e usando telas nas janelas e mosquiteiros nas camas.

O experimento que está esterilizando mosquitos