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Cofres públicos alemães desperdiçam 30 bilhões de euros

26 de setembro de 2006

Aquisições excessivamente caras, erros de planejamento e gastos desnecessários oneram o contribuinte.

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Horst Seehofer (e): ministro da Agricultura tem 'amor ao detalhe'Foto: dpa
Horst Seehofer soll Agrarminister werden
Horst Seehofer (e): ministro da Agricultura tem 'amor ao detalhe'Foto: dpa

O desperdício de dinheiro público na Alemanha em 2006 pode ultrapassar 30 bilhões de euros, o correspondente a 5% dos gastos estatais, segundo estimativa divulgada nesta terça-feira (26/09) pela Federação dos Contribuintes Alemães.

A entidade divulga anualmente um "livro negro" sob o título O desperdício público, onde faz uma relação dos gastos inúteis ou projetos mal planejados, que oneram os cofres públicos. "As lideranças políticas e repartições públicas continuam gastando o dinheiro do contribuinte pelo princípio do 'não é meu dinheiro mesmo'", disse o presidente da federação, Karl Heinz Däke.

Ele disse que os cidadãos se sentem enganados quando são confrontados com aumentos de impostos, ao mesmo tempo em que, por exemplo, a Agência Federal do Trabalho registra um superávit recorde. Neste ano, a Federação dos Contribuintes listou 103 exemplos de compras excessivamente caras, planejamentos errados e gastos desnecessários.

Uma "curiosidade" que aparece na lista foi a troca de palavras no nome de um ministério: após as eleições de 2005, o Ministério da Defesa do Consumidor, Alimentação e Agricultura passou a se chamar Ministério da Alimentação, Agricultura e Defesa do Consumidor. "Esse amor ao detalhe custou 15 mil euros ao contribuinte", disse Däke.

Um exemplo de gasto desnecessário: em maio de 2006, os 13 integrantes da Comissão para Reclamações da Assembléia Legislativa da Baviera fizeram uma viagem de sete dias à China, para conhecer, entre outras coisas, o direito à reclamação naquele país. "Os gastos até que ficaram dentro do orçamento previsto de 4.345,98 euros por pessoa, o que não muda nada no fato de que a viagem foi completamente desnecessária", disse Däke.