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Hungria

20 de setembro de 2006

Os violentos protestos que tomaram conta de Budapeste pela segunda noite consecutiva deixaram dezenas de pessoas feridas nesta quarta-feira (20/9), entre elas 38 policiais.

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Foto: AP
Ungarn Proteste und Demonstrationen gegen Regierung in Budapest
Foto: AP

Os violentos protestos que tomaram conta de Budapeste pela segunda noite consecutiva deixaram dezenas de pessoas feridas nesta quarta-feira (20/9), entre elas 38 policiais. Foi o resultado do confronto entre a polícia e cerca de 200 manifestantes, que destruíram vitrines e incendiaram automóveis no centro da cidade.

A polícia tentou conter os manifestantes com gás lacrimogêneo e jatos d'água. Segundo informações das autoridades policiais, mais de 130 pessoas já foram detidas. Os protestos diminuíram de intensidade em comparação com o dia anterior, quando cerca de 10 mil pessoas se reuniram para pedir a renúncia do primeiro-ministro socialista Ferenc Gyurcsany.

Nesta quarta-feira, Gyurcsany e o presidente Laszlo Solyom divulgaram nota conjunta sobre a situação no país. Segundo o documento, os organizadores dos protestos devem estar conscientes de que enfrentarão as forças policiais. Para este sábado, a oposição conservadora planeja reunir milhares de pessoas num protesto em Budapeste. Gyurcsany descarta renunciar ao cargo.

Nesta sexta-feira, Gyurcsany tem encontro marcado com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, em Berlim. Segundo o governo alemão, o encontro não foi cancelado.

Entre os manifestantes em Budapeste foram identificados também extremistas de direita e hooligans. Segundo a polícia, os hooligans são facilmente identificáveis por usarem camisetas e chales de seus clubes de futebol. A polícia afirmou ainda ter reconhecido integrantes de partidos de extrema-direita entre os manifestantes.

Na origem dos protestos está a divulgação de uma conversa do primeiro-ministro, na qual ele admitia ter mentido aos eleitores sobre a situação econômica do país para ganhar as eleições legislativas de abril passado.

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