Berlim quer melhor proteção a alemães no Oriente Médio

O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, anunciou medidas de proteção a cidadãos alemães no Oriente Médio, diante dos violentos protestos no mundo árabe contra as caricaturas de Maomé pubicadas em jornais ocidentais. Berlim já estaria em contato com os governos da região. Além disso, o Ministério das Relações Exteriores aconselha viajantes alemães a uma maior precaução, evitando participar ou aproximar-se de grandes concentrações de pessoas na Síria, Líbano, Arábia Saudita e nos territórios palestinos.

A chanceler federal alemã Angela Merkel conclamou os participantes de protestos contra as caricaturas de Moamé a renunciar à violência. Ela disse entender a revolta dos habitantes de países árabes contra as charges, mas que isso não justifica a violência.

O novo presidente do Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha, Ayyub Axel Köhler, também condenou os tumultos. As reações violentas chocaram os muçulmanos na Alemanha, disse. Köhler ressaltou que a violência não tem nada a ver com o islã.

Diante da onda de protestos contra representações diplomáticas européias no mundo árabe e das incertezas relativas ao seqüestro de dois alemães no Iraque, o Sindicato dos Policiais Alemães (GdP) alertou para o perigo de ocorrerem ataques terroristas na Alemanha.

Segundo o presidente do GdP, existem cerca de 100 islâmicos "que representam perigo" no país, mas que por falta de pessoal da polícia não podem ser vigiados. "Se um dia ocorrer um atentado, todos constatarão chocados que conheciam o autor do crime", disse ao jornal Passauer Presse.