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ReligiãoVaticano

"África vai dinamizar a Igreja Católica"

25 de abril de 2025

É com esperança que vários líderes católicos olham para o futuro da Igreja Católica em África, um continente em crescimento, que traz muitas oportunidades.

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Papa Francisco em junho de 2023, no Vaticano
Foto: Stefano Spaziani/picture alliance

O Papa Francisco é sepultado amanhã, em Roma, na Basílica de Santa Maria Maior. São esperadas, no Vaticano, centenas de milhares de pessoas, para o último adeus ao Papa, incluindo, várioschefes de Estado e de Governo africanos.

África é o continente onde a Igreja Católicamais cresce. Tem mais de 281 milhões de crentes. E o desejo do bispo de Pemba, Dom António Juliasse, é que essa tendência se mantenha com o próximo Papa.

"A Igreja Católica tem crescido bastante e, em África, há muita juventude e a Igreja é muito ativa nas celebrações, são sempre celebrações muito festivas", diz em declarações à DW.

É até por isso – pela força do continente, que alberga 20% dos católicos do mundo – que se tem falado na possibilidade de eleição de um Papa africano, no próximo conclave. Um dos nomes avançados é o do cardeal Peter Turkson, do Gana.

Dom António Juliasse não avança palpites. Aponta apenas para a grande responsabilidade do próximo Papa: "Vai guiar a Igreja como Pedro, como pastor, como apóstolo, juntamente com os outros apóstolos."

"África é o futuro"

E mesmo que não seja eleito um Papa africano, a importância de África para a Igreja Católica é inegável.

O próximo Papa será africano?

O Papa Francisco reconheceu isso. Visitou o Quénia, o Uganda e a República Centro-Africana, em 2015, passou pelo Egipto e por Marrocos e, em 2019, esteve em Madagáscar, nas Ilhas Maurícias e em Moçambique.

No Estádio Nacional do Zimpeto, em Maputo, o Papa deixou uma mensagem de paz e união, apelando aos moçambicanos que guardassem a esperança e não deixassem que ninguém a roubasse.

É também com esperança que o padre Lúcio Brentegani, administrador da diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, olha agora para o futuro da Igreja em África depois da morte do Papa Francisco.

"Com certeza, é o futuro da Igreja Católica, juntamente com a Ásia, porque tem uma população muito jovem, e será esta população que vai dinamizar a Igreja Católica e a sociedade em geral."

Reformas na Igreja

Isso significará, necessariamente, mais mudanças, refere o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, o bispo Dom Belmiro Tchissengueti.

O Papa Francisco promoveu várias reformas: além de indicar mulheres para posições de poder no Vaticano, contribuiu para alguma abertura da Igreja Católica relativamente a homossexuais e divorciados.

A Igreja vive renovando-se, comenta Dom Belmiro Tchissengueti.

"Nós agimos num ambiente humano, num ambiente real, concreto, e a nossa ação tende a incidir naquilo que vemos na realidade vivida", refere.