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Zuma nega acusações de corrupção

tm | tk | AP | Reuters | AFP | Lusa
16 de julho de 2019

Ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma rejeita ser "o rei dos corruptos" perante comissão de inquérito. Denuncia ainda que é vítima de "um assassínio deliberado" que dura há décadas.

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Foto: Reuters/N. Bothma

Jacob Zuma foi ouvido esta segunda-feira (15.07) por uma comissão de inquérito que está a investigar as amplas alegações de corrupção em empresas estatais enquanto esteve no Governo.

Perante a comissão, o antigo Presidente sul-africano negou as acusações que pendem sobre ele, dizendo que elas são parte de uma "conspiração" internacional que começou há mais de 25 anos com o intuito de "assassinar o seu caráter".

Zuma nega acusações de corrupção

"Tem havido uma intenção para me tirar de cena, o desejo de que devo desaparecer", afirmou Zuma.

Segundo o ex-chefe de Estado, as acusações resultam de esforços do anterior regime sul-africano do 'apartheid' e de serviços secretos estrangeiros para o retirarem de altos cargos no seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC).

Jacob Zuma deixou o cargo de Presidente em fevereiro de 2018, pressionado pelo ANC. Foi então substituído pelo seu vice, Cyril Ramaphosa.

Acusações

O ex-Presidente sul-africano enfrenta acusações de corrupção referentes ao período em que esteve no poder, de 2009 a 2018. A mais polémica das acusações é alegadamente ter permitido que a família indiana Gupta tenha usado recursos estatais em benefício próprio. Várias testemunhas implicaram Zuma como o homem que ajudou os Gupta a alegadamente "saquear" o Estado.

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O ex-vice-ministro das Finanças, Mcebisi Jonas, por exemplo, revelou que os Gupta, na companhia do filho de Zuma, Duduzane, lhe prometeram mais de 38 milhões de euros. Em troca, esperava-se que ele assumisse o cargo de ministro das Finanças para tomar decisões que favorecessem os interesses comerciais da influente família indiana.

Os Gupta negam ter cometido qualquer irregularidade. Zuma disse à comissão de inquérito que a sua relação com os Gupta não tinha nada de incomum ou ilegal, acrescentando que a família indiana também tinha relações com os seu dois antecessores, os ex-Presidentes Nelson Mandela e Thabo Mbeki.

Num caso separado, Zuma também é alvo de 16 acusações de corrupção relacionadas com um acordo milionário de compra de armas, assinado no final dos anos 90.

AP Agência de notícias
Reuters Agência de notícias
AFP Agência de notícias
Lusa Agência de notícias
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