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Zelensky exige reação global após ataques russos na Ucrânia

nn | com agências
30 de março de 2025

Zelensky pediu hoje uma resposta internacional após uma semana de intensos ataques russos, que atingiram civis e um hospital militar em Kharkiv. Kiev acusa Moscovo de crimes de guerra.

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Zelensky numa conferência de imprensa em Kiev em 28 de março
O chefe de Estado ucraniano agradece aos países que têm apoiado Kiev com sistemas de defesa aérea e investimentos na indústria da defesa, sublinhando a importância desse apoio neste momento críticoFoto: Genya Savilov/AFP

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou este domingo (30.03) a uma resposta internacional face à intensificação dos ataques russos contra a população ucraniana e infraestruturas civis, incluindo um hospital militar em Kharkiv, atingido por um drone na última semana.

Segundo dados divulgados por Kiev, a Rússia lançou, nos últimos sete dias, mais de 1.300 bombas, 1.000 drones e nove mísseis contra o território ucraniano. Zelensky afirmou, através das redes sociais, que o exército ucraniano conseguiu impedir "um número significativo" destes ataques, mas sublinhou a gravidade da situação. "A Rússia está a prolongar a guerra e estamos a fornecer aos nossos parceiros todas as informações sobre os ataques que o exército russo está a realizar. Esperamos uma resposta dos EUA, da Europa e de todos os aliados", declarou.

O chefe de Estado ucraniano agradeceu ainda aos países que têm apoiado Kiev com sistemas de defesa aérea e investimentos na indústria da defesa, sublinhando a importância desse apoio neste momento crítico.

Entre os ataques mais graves registados nos últimos dias, destaca-se o bombardeamento de um hospital militar em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, danificado por um drone Shahed. De acordo com o exército ucraniano, o ataque causou vítimas entre os militares que estavam a ser tratados no local, embora o número exato não tenha sido divulgado. Edifícios residenciais próximos também sofreram danos. Kiev acusou Moscovo de ter cometido um "crime de guerra" e de violar as normas do direito humanitário internacional.

No sábado (29.03), um outro ataque russo na cidade de Kharkiv provocou dois mortos e pelo menos 35 feridos, incluindo cinco crianças.

Enquanto isso, a administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, continua a pressionar por uma solução rápida para o conflito. No entanto, as conversações indiretas com representantes russos e ucranianos não têm produzido avanços concretos. Moscovo e Kiev concordaram, em princípio, com uma trégua no Mar Negro, mas a Rússia impôs como condição o levantamento das sanções ocidentais.

O impasse agravou-se depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter rejeitado um plano americano-ucraniano para um cessar-fogo de 30 dias e sugerido, na sexta-feira (28.03), o afastamento de Zelensky como parte do processo de paz — uma proposta que provocou indignação em Kiev.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou-se este domingo "muito zangado" e "furioso" com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, por causa da guerra na Ucrânia, e ameaçou impor novos impostos sobre o petróleo russo, numa entrevista televisiva. "Se a Rússia e eu não conseguirmos chegar a um acordo para pôr um fim ao banho de sangue na Ucrânia, e se eu acreditar que foi culpa da Rússia, o que pode não ser, vou impor tarifas secundárias sobre todo o petróleo que sai da Rússia", alertou Donald Trump, numa entrevista concedida à rede norte-americana NBC. 

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