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UNITA distancia-se da detenção de secretário provincial

12 de março de 2025

O maior partido da oposição em Angola, a UNITA, diz que desconhece as razões da detenção do seu dirigente no Moxico e espera que a Justiça faça o seu trabalho: "A UNITA não trata de crimes".

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Serviço de Investigação Criminal do Moxico
Os serviços de investigação criminal não deram muitos pormenores sobre o caso, tendo referido apenas que Afonso Dumba foi detido sob a acusação da prática de associação criminosaFoto: Borralho Ndomba/DW

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o maior partido da oposição em Angola, distancia-se de um caso que envolve um dos seus secretários provinciais. Afonso Dumba, secretário provincial do partido no Moxico, foi detido pelas autoridades angolanas, acusado do crime de associação criminosa.

Até agora, Afonso Dumba não se pronunciou sobre a acusação. O Serviço de Investigação Criminal (SIC) também não deu muitos pormenores sobre este caso. Referiu apenas que, além do político, de 68 anos de idade, foram detidos outros dois cidadãos.

"De salientar que estes cidadãos foram apresentados ao Angola para procedimentos legais subsequentes", informou Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC.

UNITA "não trata de crimes"

A direção da UNITA diz que desconhece as razões para a detenção do seu dirigente. Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, em Luanda, o secretário-geral do Galo Negro disse que espera que a Justiça faça o seu trabalho, assegurando que não vai interferir no processo. 

"JLo? Esperamos pelas evidências que a UNITA nos vai dar"

"A UNITA não trata de crimes, até porque é visível uma certa instrumentalização da Justiça para fins políticos", afirmou Álvaro Chikwamanga Daniel. "Então, vamos deixar que os serviços competentes tratem da parte criminal, até que se apure se, de facto, há ou não crime. Quando terminar essa parte, resolveremos a parte interna".

A UNITA não exclui um processo disciplinar contra o seu secretário provincial. "Neste quesito, os órgãos internos do partido vão abordá-lo nos termos dos estatutos", adiantou o dirigente.

Em declarações à DW, o ativista Nelson Mucazo, residente na cidade do Luena, lamentou que as instituições angolanas não prestem mais informações sobre este caso.

"A figura em causa representa o segundo maior partido do país e o primeiro partido na oposição. Logo, os cidadãos precisam de ter uma informação clara, transparente, que ajude a perceber o que se passa", disse.

Há vários rumores que circulam sobre o caso, no Moxico. Nelson Mucazo apela às autoridades que travem a especulação.