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PolíticaEstados Unidos

UNESCO: China critica saída dos EUA, Israel apoia

jc | com agências
23 de julho de 2025

Decisão do Governo dos EUA de abandonar UNESCO em 2026 "não é comportamento que se espera de um país responsável", lamenta Pequim. Trump considera que permanência na instituição não corresponde aos interesses nacionais.

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Washington 2025 | Presidente dos EUA Donald Trump assina decretos
A decisão do Governo dos Estados Unidos (EUA) de abandonar a UNESCO provocou reações de vários quadrantes, a nível mundial, com a China a advertir Washington de que este "não é o comportamento que se espera” de um grande país Foto: Anna Moneymaker/Getty Images

A China criticou nesta quarta-feira (23.07) a decisão do Governo dos Estados Unidos (EUA) de abandonar a UNESCO e afirmou que "não é o comportamento que se espera de um país grande e responsável". Esta representa a terceira vez que Washington se retira do organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicado à educação, à ciência e à cultura.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, lamentou que os EUA tenham anunciado novamente a sua saída da organização e lembrou que o país "há muito tempo acumula pagamentos pendentes" das respetivas cotas como membro da agência.

"A China sempre apoiou firmemente o trabalho da UNESCO", afirmou o porta-voz, que ressaltou a missão do organismo de "promover a cooperação internacional em educação, ciência e cultura, fortalecer o entendimento mútuo entre civilizações e salvaguardar a paz mundial".

Paris 2015 | Bandeiras dos Estados-membros em frente à sede da UNESCO
A administração Trump anunciou que os Estados Unidos deixarão a UNESCO a partir de 31 de dezembro de 2026Foto: Christophe Petit Tesson/epa/dpa/picture alliance

Foi "um passo necessário", diz Israel

Já o Governo de Israel entende que a decisão foi "um passo necessário" em direção à Justiça e ao direito de Israel.

"Comemoramos a decisão do governo americano de se retirar da UNESCO. Este é um passo necessário, destinado a promover a justiça e o direito de Israel a um tratamento justo no sistema da ONU, um direito que muitas vezes tem sido pisoteado devido à politização", declarou em comunicado o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar.

"A discriminação contra Israel e a politização por parte dos Estados-membros devem cessar, tanto nesta agência quanto em todas da ONU", alegou.

O Governo de Donald Trump anunciou esta semana que os Estados Unidos deixarão a UNESCO a partir de 31 de dezembro de 2026, por considerar que a sua permanência na instituição não corresponde aos interesses nacionais.

Washington acusa a agência de promover uma "agenda globalista" e critica a sua decisão de aceitar a Palestina como Estado-membro, o que gerou elogios por parte de Israel e críticas da Organização das Nações Unidas, bem como de vários governos.

Guterres "lamenta profundamente"

Esta terça-feira, dia do anúncio, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou "profundamente" a saída dos Estados Unidos da UNESCO, mas garantiu que aquela decisão não impedirá a organização de continuar com as suas atividades e a sua missão. 

"O secretário-geral lamenta profundamente a decisão dos Estados Unidos de se retirarem mais uma vez da Unesco", afirmou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, na sua conferência de imprensa diária.

Ao ser questionado na conferência de imprensa sobre as explicações dos Estados Unidos para a saída da Unesco, Dujarric disse não entender "muito bem o que é uma agenda globalista". 

"Acho que todos os Estados-membros tiveram alguma queixa sobre a forma como a organização funciona, como um todo, e o sistema de agências da ONU. 

"A nossa mensagem para todos os Estados é: participem se quiserem mudar as coisas", afirmou. 

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