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PolíticaSíria

UE saúda cessar-fogo anunciado entre Israel e Síria

19 de julho de 2025

A União Europeia (UE) saúda o cessar-fogo anunciado entre Israel e o Governo sírio, apelando ainda à proteção de todos os civis, após a violência intercomunitária que acontecia desde domingo (13.07) no sul da Síria.

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Soldados sírios esta manhã em Damasco
Soldados sírios caminham em frente ao edíficio do Ministério da Defesa da Síria, que foi atingido por ataques israelitasFoto: Omar Sanadiki/AP/picture alliance

"A União Europeia congratula-se com o acordo de cessar-fogo alcançado entre a Síria e Israel, com o apoio dos Estados Unidos e dos parceiros regionais. O cessar-fogo deve agora ser integralmente respeitado", afirmou o serviço diplomático da União Europeia num comunicado divulgado este sábado (19.07).

"Agora é o momento do diálogo e da promoção de uma transição verdadeiramente inclusiva. As autoridades de transição na Síria, juntamente com as autoridades locais, têm a responsabilidade de proteger todos os sírios sem distinção", indicou a nota.

A UE apelou às partes envolvidas que cessem imediatamente todos os atos de violência e que países estrangeiros, como Israel, que "respeitem plenamente a soberania e a integridade territorial da Síria".

 Segundo a diplomacia da UE, as autoridades sírias têm de "tomar as medidas necessárias para o desarmamento, a desmobilização e a reestruturação das forças de segurança nacionais, em conformidade com as normas internacionais".

"A UE está pronta para ajudar nestes esforços e apoiar uma mudança pacífica e inclusiva, liderada e detida pela transição Síria", de acordo com o comunicado.

Na nota, a diplomacia da UE manifestou-se consternada perante as centenas de vítimas da violência nos últimos dias, nomeadamente contra civis, pedindo que "os autores de graves violações do direito internacional humanitário sejam responsabilizados e levados à justiça", incluindo o apoio de "relevantes mecanismos internacionais".

Os confrontos começaram no domingo passado entre combatentes drusos e tribos beduínas na cidade de Sweida, no sul da Síria, antes da intervenção das forças do Governo sírio, acusadas de também terem combatido os grupos drusos.

A situação levou Israel, que apoia os drusos, a bombardear alvos de tropas governamentais em Sweida e até a sede do Ministério da Defesa sírio em Damasco, ameaçando adotar novas medidas para proteger membros da minoria drusa.

Em comunicado, a Presidência síria anunciou hoje um "cessar-fogo imediato" e apelou a "todas as partes que o respeitem integralmente" após a violência que envolveu os drusos, uma minoria esotérica de um ramo do Islão.

O Governo interino do Presidente sírio, Ahmad al-Charaa, anunciou também o reenvio das suas forças para a província de Sweida, após um acordo de cessar-fogo assinado - sob mediação dos Estados Unidos - com Israel, que anteriormente se opunha à presença de forças do Governo sírio na região.

Na sexta-feira, o enviado dos EUA para a Síria, Tom Barrack, anunciou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e Al-Charaa "concordaram com um cessar-fogo".

Pelo menos 940 pessoas morreram nos confrontos intercomunitários na província de Sweida, de maioria drusa, no sul da Síria, de acordo com um novo balanço do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) indicou que quase 80.000 pessoas fugiram das suas casas na província de Sweida, na sequência da violência. 

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Lusa Agência de notícias
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