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UE destaca importância de reformas em Moçambique

14 de março de 2025

O embaixador da União Europeia (UE) em Moçambique destacou a importância das reformas no país. Maggiore disse que a UE está pronta para trabalhar em projetos concretos.

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Bandeira moçambicana
Desde outubro, pelo menos 353 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menoresFoto: Butenkov Aleksey/Zoonar/picture alliance

O embaixador da União Europeia (UE) em Moçambique destacou a importância das reformas no país e garantiu que a organização e os Estados-membros estão "prontos" para apoiar os programas, considerando a missão "bastante desafiante".

"A União Europeia e os Estados-membros estão prontos a apoiar o funcionamento e o trabalho do gabinete e estamos prontos a apoiar o programa das reformas. A tarefa é bastante desafiante, mas nós entendemos apoiar em consideração da importância das reformas para o país", disse Antonino Maggiore, citado hoje pela comunicação social, após um encontro em Maputo com o coordenador do Gabinete de Reformas e Projetos Estratégicos de Moçambique, João Machatine.

Maggiore disse que a UE está pronta para trabalhar com o gabinete, visando avançar com "reformas concretas" para a população, para o setor privado e para a área social de Moçambique.

"As expectativas da população são a referência fundamental", acrescentou o embaixador europeu, referindo que a reunião com João Machatine foi "muito importante e crucial" para discutir a importância das reformas.

Em 10 de fevereiro, João Machatine admitiu, após tomar posse, a necessidade de reformas estatais em Moçambique, face às "pressões sociais", para conferir dignidade à vida dos cidadãos.

"Basta ver as próprias manifestações. Está claro que é importante ir [ao] encontro com aquilo que o mundo hoje é (...). Temos de introduzir reformas no sentido de nos ajustarmos a estas realidades, a estas pressões sociais, para que as pessoas, de facto, vivam de uma forma digna", disse o responsável, em declarações à comunicação social, após tomar posse.

Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas pelo candidato Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo.

Atualmente, os protestos, agora em pequena escala, têm estado a ocorrer em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e de outros problemas sociais. O Governo moçambicano confirmou pelo menos 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias durante as manifestações.

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Lusa Agência de notícias