Rússia realiza maior ataque aéreo desde o início da guerra
7 de setembro de 2025O ataque realizado hoje pela Rússia à Ucrânia, envolvendo 805 drones e mísseis, é o maior do género desde o início da guerra, tendo provocado pelo menos quatro mortes na sequência do ataque.
"Foi o maior ataque russo com drones desde o início da invasão em larga escala", afirmou o porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuriy Ihnat, à agência norte-americana Associated Press, afirmando que a sede do governo em Kiev foi danificada, principalmente o telhado e os andares superiores.
Um dos principais alvos do ataque noturno russo foi a capital, embora a Rússia também tenha bombardeado Odessa (sul), Zaporizhzhya (sul), Kremenchuk (centro), Krivoy Rog (leste) e Dnipropetrovsk (leste).
A Ucrânia conseguiu abater 747 drones e quatro mísseis, mas nove mísseis e 56 ataques com drones atingiram 37 localidades, com destroços a cair em oito áreas, informou a Força Aérea.
O presidente Volodymyr Zelenskyy disse que os serviços de emergência ainda trabalham nas zonas atingidas pelos bombardeamentos durante a noite. Na capital, já foram confirmadas pelo menos duas mortes e a destruição de edifícios residenciais. Noutras regiões, uma pessoa foi morta em Safonivka, na região de Sumy, e outra em Chernihiv.
"Prolongamento da guerra"
"Tais assassinatos agora, quando a diplomacia real já poderia ter começado há muito tempo, são um crime deliberado e um prolongamento da guerra", escreveu Zelenskyy na rede social X. "Tem sido repetidamente dito em Washington que sanções seguir-se-ão a uma recusa em dialogar."
O presidente ucraniano afirmou também ter conversado com o presidente francês, Emmanuel Macron. "Juntamente com a França, estamos a preparar novas medidas para reforçar as nossas defesas", acrescentou.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou os ataques e reafirmou o apoio total da União Europeia a Kiev. "Mais uma vez, o Kremlin zomba da diplomacia, atropela o direito internacional e mata indiscriminadamente", escreveu na rede social X.
"A Europa está, e continuará a estar, totalmente ao lado da Ucrânia. Estamos a reforçar as Forças Armadas ucranianas, a construir garantias de segurança duradouras e a apertar as sanções para aumentar a pressão sobre a Rússia", acrescentou von der Leyen, sublinhando que "as mortes têm de acabar".
O ataque à sede do Governo ucraniano, o maior com drones desde o início do conflito, foi também condenado por vários líderes europeus, incluindo o Governo português.
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