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Ucrânia espera 'resposta forte dos EUA' ao ataque russo

cm | com agências
8 de setembro de 2025

A Rússia realizou no sábado o maior ataque contra a Ucrânia, desde o começo da guerra em 2022. O Presidente ucraniano espera respostas fortes dos seus aliados, após garantias de apoio dadas recentemente.

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USA Washington 2025 | Wolodymyr Selenskyj und US-Präsident Donald Trump bei Gesprächen im Weißen Haus
Foto: Mandel Ngan/AFP/Getty Images

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse este domingo (07.09) que conta com uma "resposta forte dos EUA” aomaior ataque aéreo da Rússia desde o início da guerra.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia está a informar todos os parceiros sobre a mais recenteescalada russa. Contamos com uma resposta forte dos EUA. É isso que é necessário”, disse. 

O ataque russo implicou mais de 800 drones  e 13  mísseis. Pelo menos quatro pessoas morreram e, pela primeira vez, o edifício onde se encontra a sede do Governo, em Kiev, foi alvo.

Segundo a Força Aérea, a Ucrânia conseguiu abater e neutralizar 747 drones e quatro mísseis. Ainda assim, 37 locais - em todo o país – não saíram ilesos. Além da capital, Kiev, outras cidades - como Odessa, Dnipro e Zaporizhzhia - foram afetadas.

Zelensky pediu uma "resposta ampla” dos aliados europeus da Ucrânia, acrescentando que "Vladimir Putin não quer negociações: "É evidente que a Rússia está a tentar prejudicar a Ucrânia, e os ataques estão a tornar-se cada vez mais ousados. Este é um sinal claro de que Putin está a testar o mundo".

E Zelensky entende, por isso, que "é importante que as declarações dos líderes, dos Estados e das instituições sejam seguidas de ações fortes – sanções contra a Rússia, tarifas elevadas e outras restrições ao comércio com a Rússia”. 

Rússia Wladiwostok 2025 | Vladimir Putin no Fórum Económico Oriental
Vladimir Putin, Presidente da RússiaFoto: Vladimir Smirnov/TASS/picture alliance

Trump confiante na resolução do conflito

O Presidente dos Estados Unidos afirmou ontem (07.09) que está a considerar novas sanções contra a Rússia, após o mais recente ataque, sem precedentes em magnitude.

Sem avançar nomes, Donald Trump disse ainda que líderes europeus, individualmente, irão visitar os EUA nesta segunda (08.09) ou terça-feira (09.09) para discutir como pôr fim a esta guerra. O chefe de Estado norte-americano voltou a expressar confiança na resolução do conflito em breve e prometeu falar com o Presidente russo, Vladimir Putin, "nos próximos dias”.

"Acho que vamos resolver isso. Temos que resolver. Quando se está a perder 5 a 7 mil soldados por semana sem motivo. Tem que se resolver isso", assegura Donald Trump.

Vários  líderes europeus condenaram o ataque e prometeram apoiar a Ucrânia política e militarmente, mas ofertas concretas de assistência, incluindo a possibilidade de tropas no terreno, ainda estão a ser discutidas.

Numa publicação na rede social X, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Rússia "está a troçar da diplomacia, a atropelar o direito internacional e a matar indiscriminadamente”, garantindo que a Europa vai continuar a apoiar a Ucrânia.

O ataque russo massivo aconteceu depois de os líderes europeus terem pressionado Putin para negociar o fim da guerra, com 26 aliados da Ucrânia a prometerem enviar tropas como "força de segurança”para o país assim que os combates terminarem.

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