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Ucrânia: Líderes europeus e Zelensky debatem próximos passos

Lusa | rl
2 de março de 2025

Cimeira, em Londres, visa apresentar novas garantias de segurança para a Europa após desavença entre Zelenskyy e Trump. Desentendimento deixou em suspenso negociações com Moscovo para um cessar fogo na Ucrânia.

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Cimeira em Londres, março de 2025
Em declarações, este domingo, na abertura da cimeira, o primeiro-ministro britânico afirmou que "este é um momento único" para a segurança da Europa.Foto: Christophe Ena/AP/picture alliance

A cimeira foi marcada há vários dias para fazer um balanço das visitas do Presidente francês, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, à Casa Branca na semana passada e discutir um plano comum para a segurança europeia e a guerra na Ucrânia. Mas ninguém esperava a troca de palavras azeda entre Zelensky e Trump na sexta-feira que acabou com o chefe de Estado ucraniano a sair dos Estados Unidos sem assinar o acordo sobre minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas previsto.

O desentendimento deixou em suspenso as negociações com Moscovo para um cessar fogo e intensificou a pressão sobre os líderes europeus, que já estavam constrangidos a aumentar o apoio militar à Ucrânia para tentar convencer Trump a oferecer garantias de segurança dos EUA a uma eventual força de manutenção de paz. 

"Momento único" para segurança da Europa

Em declarações, este domingo, na abertura da cimeira, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que "este é um momento único" para a segurança da Europa e que é fundamental conseguir um bom resultado para a Ucrânia. 

Cimeira Londres, Março 2025
Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, sentado à sua direita e Zelensky à sua esquerdaFoto: Christophe Ena/AP/picture alliance

"Reunimo-nos hoje porque este é um momento único para a segurança da Europa e todos devemos dar um passo em frente", afirmou Starmer, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, sentado à sua direita e Zelensky à sua esquerda. 

O primeiro-ministro britânico disse ainda que conseguir um bom resultado para a Ucrânia "é fundamental para a segurança" das nações reunidas no encontro em Londres e de "muitas outras". 

O Reino Unidoé o anfitrião de uma cimeira internacional sobre defesa que decorre hoje em Londres com 18 líderes. Além da França e Ucrânia, a Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Noruega, Canadá, Finlândia, Suécia, Dinamarca, República Checa, Polónia, Roménia e Turquia estão também representados.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, também estão presentes.

Plano europeu para cessar-fogo

Antes da abertura da cimeira, Starmer avançou que estava a trabalhar com a França num "plano para acabar com os combates" entre a Ucrânia e a Rússia. 

"Concordámos que iríamos trabalhar num plano para parar a guerra e depois discutir esse plano com os Estados Unidos. É um passo em frente em relação a onde estávamos na sexta-feira", afirmou, numa entrevista à BBC. 

A decisão foi tomada no sábado à noite, depois de receber o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Londres, e de falar ao telefone com o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o Presidente francês, Emmanuel Macron. 

O encontro de hoje antecedeu um Conselho Europeu especial na quinta-feira em Bruxelas convocado para discutir o apoio à Ucrânia e a defesa europeia, para o qual também foi convidado o Presidente ucraniano.

"Só Putin quer que a guerra continue"

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, fez saber, mais cedo, que se encontrou com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni antes da conferência de Londres para discutir um plano de paz.

"A Ucrânia precisa de paz apoiada por garantias de segurança fiáveis", disse Zelenskyy no Telegram.

"Ninguém está interessado na continuação da guerra, exceto [o Presidente russo Vladimir] Putin, por isso é importante manter a coesão em torno da Ucrânia e reforçar a posição do nosso Estado em cooperação com os aliados - países europeus e os EUA".

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Lusa Agência de notícias