Tocha dos 50 anos de independência sai hoje de Cabo Delgado
7 de abril de 2025Daniel Chapo chegou este domingo (06.04) à província de Cabo Delgado e desloca-se hoje ao distrito de Nangade, onde irá presidir à cerimónia alusiva ao Dia da Mulher Moçambicana, que se celebra esta segunda-feira (07.04).
O evento culminará com o lançamento oficial da Marcha da Chama da Unidade, "um dos marcos centrais das celebrações do jubileu de ouro da independência nacional de Moçambique, no próximo dia 25 de junho", anunciou a presidência.
"Ao longo do seu trajeto, a tocha da chama será passada de mão em mão, atravessando todas as províncias do país, num gesto carregado de simbolismo e de profundo significado patriótico", acrescentou o gabinete de Daniel Chapo.
A chegada a Maputo acontecerá em 25 de junho, dia da proclamação da independência nacional, em 1975, ao Estádio da Machava, arredores de Maputo, onde há 50 anos o primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, a proclamou.
Caberá ao chefe de Estado acender a tocha, "que simboliza a chama da unidade", explicou na sexta-feira (03.04), em declarações aos jornalistas, Inocêncio Impissa, porta-voz do Governo.
"Oportunidade de reconciliação"
"Mais do que em qualquer fase da história, neste ano e nestas circunstâncias, somos mais do que instados como Governo e como moçambicanos a retomar esta chama de unidade para permitir que os moçambicanos tenham uma oportunidade de reconciliação depois dos últimos episódios", disse Impissa, numa alusão aos vários meses de crise e contestação social pós-eleitoral.
O porta-voz exortou todos os moçambicanos a participar "com toda vivacidade, independentemente das nossas diferenças de género, raça, idade, filiação partidária, crença religiosa, apelando-se assim, em especial, à participação dos cidadãos nacionais que completem 50 anos de idade, no presente ano de 2025, dado o particular simbolismo que isto representa."
"A chama da unidade nacional simboliza a identidade dos moçambicanos, a sua moçambicanidade e a capacidade de união, de convivência e de tolerância, e representa um legado histórico dos libertadores da nossa pátria amada e dos fundadores da nação moçambicana", disse ainda o porta-voz do Governo.
"São objetivos desta marcha consolidar a unidade nacional dos moçambicanos, elevar o espírito da autoestima e o espírito patriótico, promover a preservação da história da luta da libertação nacional, educar as novas gerações sobre os valores do nacionalismo, do patriotismo, da identidade comum, da paz, bem assim celebrar as conquistas conseguidas nos 50 anos da independência nacional", explicou Inocêncio Impissa.