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ConflitosRepública Democrática do Congo

M23 e tropas Ruanda conquistam nova cidade na RDCongo

5 de fevereiro de 2025

O grupo rebelde M23 e tropas ruandesas tomaram Nyabibwe, no leste da RDC. O Governo congolês acusa o M23 de violar o cessar-fogo e alerta para o risco de escalada do conflito. Líderes regionais buscam solução.

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RDCongo, Goma
Rebeldes do M23 conquistam mais território na RDCFoto: Daniel Buuma/Getty Images

O grupo rebelde Movimento 23 de Março e as tropas ruandesas conquistaram mais uma cidade no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), com o Governo congolês a afirmar que o cessar-fogo declarado foi uma farsa.

OM23 e os aliados ruandeses conquistaram a cidade mineira de Nyabibwe, na província de Kivu do Sul, a cerca de 100 quilómetros da capital, Bukavu, revelaram fontes de segurança e humanitárias.

Segundo as mesmas fontes, o grupo armado antigovernamental iniciou na madrugada de hoje intensos combates contra as forças armadas democrático-congolesas. 

Depois de ter tomado Goma, a capital da província vizinha de Kivu do Norte, na semana passada com as forças ruandesas, o M23 decretou unilateralmente um cessar-fogo humanitário que deveria estar em vigor desde terça-feira.

Cessar-fogo falhado

No entanto, após as incursões de hoje (04.02), o porta-voz do Governo democrático-congolês, Patrick Muyaya, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) que o cessar-fogo tinha sido uma farsa.

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O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse aos jornalistas, terça-feira, que havia relatos de combates intensos no Kivu do Sul, embora não existissem "quaisquer informações de que o M23 se esteja a aproximar de Bukavu".

Os rebeldes do M23 são apoiados por cerca de 4.000 soldados do vizinho Ruanda, de acordo com especialistas da ONU.

O Governo da RDCongo, país vizinho de Angola, declarou-se aberto a conversações para resolver o conflito, mas quer que o diálogo ocorra no contexto de acordos de paz anteriores, os quais foi acusado de não cumprir pelo Ruanda e pelos rebeldes.

As organizações regionais, os países mediadores como Angola e o Quénia, a ONU, a União Europeia e a comunidade internacional estão a tentar encontrar uma solução diplomática para esta crise, temendo uma conflagração regional.

Assim, os líderes regionais reúnem-se na sexta-feira e no sábado na Tanzânia para discutir o conflito.

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Lusa Agência de notícias