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Rússia e EUA concordam em normalizar relações

af | DW (Deutsche Welle) | AFP | AP | Reuters
19 de fevereiro de 2025

Reunidos em Riad, Rússia e EUA decidiram começar a trabalhar para melhorar laços diplomáticos e económicos e nomear equipas para negociar fim da guerra na Ucrânia. Nem Kiev nem a UE foram convidados para as negociações.

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Marco Rubio (centro) encontrou-se, em Riad, com Sergei Lavrov (segundo a contar da esquerda)
O novo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio (centro), conversou, em Riad, com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov (segundo a contar da esquerda)Foto: Russian Foreign Ministry/TASS/dpa/picture alliance

Os Estados Unidos e a Rússia mantiveram terça-feira (18.02), na Arábia Saudita, o primeiro encontro, frente-a-frente, na busca de paz na Ucrânia e acordaram em iniciar esforços para o fim da guerra.

Foi o primeiro grande encontro entre Moscovo e a administração Trump, sem os chamados aliados europeus. As negociações também não contaram com a presença de Kiev, uma das figuras chaves no conflito.

O chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, mencionou concessões que devem ser feitas, para determinar como e que mecanismos são necessários para acabar com esta guerra. "E estamos dependentes da vontade das partes neste conflito para fazer estas conceções", acrescentou.

Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, disse que finalmente os Estados Unidos entenderam melhor a posição do seu país. E mostrou-se satisfeito com as discussões desta terça-feira. "A conversa, creio, foi muito útil. E tenho razões para acreditar que o lado americano compreendeu melhor a nossa posição", declarou.

União Europeia excluída

A União Europeia (UE) anda zangada com a atitude americana e estranha a sua exclusão e da Ucrânia na mesa das negociações.

A chefe da UE, Ursula von der Leyen, lembriu que o bloco quer trabalhar com Washington para a paz na Ucrânia e está pronta a fazer mais para armar Kiev.

A "lista de desejos" de Zelensky

Volodymyr Zelensky, o Presidente ucraniano, disse que não deve haver negociações sobre a paz no seu país na sua ausência: "A Ucrânia, a Europa, incluindo a União Europeia, a Turquia e a Grã-Bretanha, devem ser envolvidas nas discussões."

A este propósito, Donald Trump tem uma resposta na ponta da língua: "A guerra dura há três anos. Nunca a deviam ter começado. Poderiam ter feito um acordo."

Vários analistas defendem que a exclusão da Europa na mesa de diálogo entre a Rússia e o Estados Unidos pode enfraquecê-la.

Bradley Bowman, especialista em assuntos militares, acrescenta que os Estados Unidos estão a jogar numa posição de força, mas defende a união de esforços na Europa.

A UE aventa a possibilidade de envio de uma força de manutenção de paz para a Ucrânia. Os Estados Unidos também concordam com esta posição, mas a Rússia rejeita.

Líderes europeus e não europeus reúnem-se hoje para discutir a situação de segurança na Europa e da NATO. O encontro é promovido pela presidência francesa. A agência Reuters avança que foram convidados países como a Noruega, o Canadá, a Lituânia, a Estónia, a Letónia, a República Checa, a Grécia, a Finlândia, a Roménia, a Suécia e a Bélgica.

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AFP Agência de notícias
AP Agência de notícias
Reuters Agência de notícias