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Ucrânia: Putin terá de negociar "mais cedo ou mais tarde"

DPA | Lusa | AFP | cm
15 de março de 2025

Presidente russo, Vladimir Putin, terá "mais cedo ou mais tarde" de se sentar à mesa das negociações, afirmou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ao iniciar novas conversações sobre uma "coligação de vontades".

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Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer
Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, acusa o Presidente russo, Vladimir Putin, de tentar "atrasar" o cessar-fogoFoto: Leon Neal/Pool Photo/AP/picture alliance

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse este sábado (15.03) aos líderes mundiais que não podiam "sentar-se e esperar" por um cessar-fogo na Ucrânia

"Temos de continuar a avançar e a prepararmo-nos para a paz, e uma paz que seja segura e duradoura", acrescentou.

Na intervenção de abertura de uma reunião virtual, o primeiro-ministro britânico exortou vários líderes internacionais que "mantenham a pressão" sobre o Presidente russo, Vladimir Putin, para que este aceite um cessar-fogo na Ucrânia e inicie negociações de paz. 

Starmer acusou Putin de tentar “atrasar” o cessar-fogo. “Mais cedo ou mais tarde, ele vai ter de se sentar à mesa e participar em discussões sérias”. 

Pelo contrário, vincou, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, presente na conferência, "demonstrou mais uma vez que a Ucrânia é o partido da paz, porque concordou e comprometeu-se com um cessar-fogo incondicional de 30 dias". 

Starmer reiterou a necessidade de continuar o trabalho para formar o que chama de "Coalition of the Willing" ("Coligação de Vontades”), uma coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares. 

Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia
Zelensky diz que "o atraso do processo" se deve ao facto de a Rússia querer "melhorar a situação no campo de batalha"Foto: Paula Bronstein/Getty Images

Uma sessão de planeamento militar deverá ser realizada na próxima semana.

Preparativos para manutenção de paz avançam para fase operacional

Os preparativos para a constituição de uma força de manutenção de paz na Ucrânia vão avançar para uma fase operacional, anunciou ainda Keir Starmer, após a reunião de 25 países.

"Vamos agora passar a uma fase operacional. As nossas forças armadas reunir-se-ão esta semana, na quinta-feira, aqui no Reino Unido, para estabelecer planos fortes e sólidos para apoiar um acordo de paz e garantir a futura segurança da Ucrânia", anunciou, numa conferência de imprensa.

Segundo Starmer, "este é o momento de iniciar o debate sobre um mecanismo de gestão e controlo de um cessar-fogo total" e "paz duradoura sustentada por fortes dispositivos de segurança". 

Além de manter a ajuda militar à Ucrânia e de continuar as sanções económicas à Rússia para forçar Moscovo a abrir negociações de paz, Starmer disse que os participantes concordaram em acelerar o “trabalho prático para apoiar um potencial acordo”.

"Rússia quer uma posição mais forte antes do cessar-fogo"

Após a reunião virtual organizada pelo Reino Unido, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou igualmente à Rússia para apoiar o cessar-fogo. 

Numa mensagem publicada na rede social X, von der Leyen reiterou o apoio da Comissão Europeia "ao acordo da Ucrânia para um cessar-fogo".

"Agora, a Rússia tem de mostrar que está disposta a apoiar um cessar-fogo que leve a uma paz justa e duradoura", acrescentou.

Já o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse este sábado que a Rússia pretende alcançar uma “posição mais forte” do ponto de vista militar antes de se comprometer com um cessar-fogo na guerra na Ucrânia. 

Numa conferência de imprensa em Kiev, Zelensky frisou ainda que acredita que "o atraso do processo" se deve ao facto de a Rússia querer "melhorar a sua situação no campo de batalha".

O Presidente ucraniano pediu aos 25 líderes europeus e aliados, reunidos hoje na reunião virtual, mais clareza sobre as garantias de segurança a um futuro acordo de paz. 

"Temos de definir uma posição clara sobre as garantias de segurança. A segurança é fundamental para tornar a paz credível e duradoura. Temos de continuar a trabalhar nos contingentes que constituirão a base das futuras Forças Armadas da Europa”, afirmou, de acordo com uma publicação na rede social X.

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Lusa Agência de notícias
AFP Agência de notícias