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Paris e Berlim reforçam defesa aérea da Ucrânia

29 de agosto de 2025

Paris e Berlim decidiram fornecer mais defesas aéreas à Ucrânia, após ataque russo a Kiev. Apesar dos esforços diplomáticos, Rússia não demonstra intenção de interromper a guerra.

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, discursa ao lado do chanceler alemão, Friedrich Merz, durante um encontro do Conselho Franco-Alemão de Defesa e Segurança (CFADS), em Toulon, França
Emmanuel Macron garantiu que França e Alemanha continuarão a "pressionar" para que sanções adicionais sejam impostas à RússiaFoto: Manon Cruz/REUTERS

França e Alemanha vão fornecer mais defesas aéreas à Ucrânia, após os ataques russos maciços nas últimas semanas. A decisão saiu, em comunicado conjunto, de um encontro esta sexta-feira entre os líderes francês e alemão.

"Apesar dos intensos esforços diplomáticos, a Rússia não demonstra intenção de interromper a sua guerra de agressão contra a Ucrânia", sublinharam Paris e Berlim, na nota, após o encontro entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, no sul de França.

Um ataque russo à capital ucraniana, na madrugada desta quinta-feira, causou pelo menos 23 mortos e várias dezenas de feridos, além de atingir cerca de uma centena de edifícios, entre os quais o da delegação da União Europeia (UE) em Kiev.

Após a reunião de hoje, o chefe de Estado francês garantiu que França e Alemanha continuarão a "pressionar" para que sanções adicionais sejam impostas à Rússia para forçar Moscovo a negociar o fim da guerra na Ucrânia.

"Continuaremos a exercer pressão para que sanções adicionais sejam tomadas por nós mesmos, e estamos prontos para fazê-lo", disse o Presidente francês ao lado do chanceler alemão, referindo que também os Estados Unidos da América estão a forçar a Rússia a voltar à mesa" das negociações sobre a guerra na Ucrânia.

Segundo Emmanuel Macron, os "próximos dias serão decisivos" para Moscovo mostrar sinais da sua disposição de acabar com o conflito, como pretende o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Eventual cessar-fogo?

Enquanto isso, a União Europeia (UE) manifestou disponibilidade para instruir as Forças Armadas da Ucrânia depois de um eventual cessar-fogo com a Rússia, segundo um anúncio da chefe da diplomacia comunitária, Kaja Kallas.

Dinamarca | Reunião dos ministros da Defesa da UE em Copenhaga | Kaja Kallas
Kaja Kallas, chefe da diplomacia europeiaFoto: Thomas Traasdahl/Ritzau Scanpix Denmark/REUTERS

"Até hoje treinámos mais de 80 mil militares [ucranianos] e precisamos de estar preparados para fazer mais", assegurou hoje a alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, em conferência de imprensa, em Copenhaga, na Dinamarca.

No final de uma reunião ministerial informal, no âmbito da presidência semestral dinamarquesa do Conselho da UE, Kaja Kallas admitiu a possibilidade de instruir mais militares depois de um eventual cessar-fogo. "Isso pode incluir o envio de instrutores da UE para a Ucrânia", indicou a representante.

Kallas disse que há um "amplo apoio" para continuar a apoiar militarmente a Ucrânia e pediu que seja feito mais do simplesmente injetar dinheiro, quando questionada sobre uma hipotética falta de apoio a Kiev dos países do bloco comunitário europeu, depois de uma declaração divulgada hoje que não foi subscrita pela Hungria. "Isso tem de se refletir nas capacidades da Ucrânia", reforçou, recordando que os Estados Unidos exigiram à União Europeia que esteja na dianteira deste esforço.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O que está por trás da incursão militar ucraniana na Rússia?

Lusa Agência de notícias