Parceria UE e UA balanceia geopolítica fixada no Pacífico
20 de maio de 2025"A União Africana é um parceiro fundamental. Quando olho para o globo terrestre vejo que estando [a ocorrer] uma grande viragem da geopolítica para o Pacífico, com os Estados Unidos da América numa margem e a China na outra, justamente, quem está no meio é um eixo que vai da África do Sul até à Escandinávia", comentou Paulo Rangel, à saída de uma reunião ministerial, em Bruxelas, na Bélgica.
Na véspera de outro encontro ministerial, este entre os governantes da União Europeia e da União Africana com a pasta da diplomacia, o ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que a "colaboração entre estes dois continentes é fundamental para criar uma balança do poder dentro das relações geopolíticas mundiais".
Na quarta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e da União Africana encontram-se na capital da Bélgica, onde estão localizadas as principais instituições europeias, para debater o novo contexto geopolítico, as migrações e cooperação.
A reunião é a sexta desde fevereiro de 2022 e desta vez serão discutidas a "paz e a segurança", o multilateralismo e a prosperidade para os dois blocos, assim como "populações, migrações e mobilidade", de acordo com a informação disponibilizada pelo Conselho da UE.
A reunião será conduzida pela alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, Tete António, que também é o responsável pelo conselho executivo da União Africana.
Numa altura de "volatilidade geopolítica", África "é uma prioridade geopolítica" para a União Europeia, considerou a própria UE na informação que disponibilizou a anteceder este encontro.
Em simultâneo, o bloco político-económico europeu recordou que é o principal apoio para estes países africanos e que tem contribuído para investimentos naquelas nações.
"A UE e África podem ser uma força poderosa quando atuam em conjunto", acrescentou Bruxelas.