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PolíticaSão Tomé e Príncipe

São Tomé: Opositor eleito vice-presidente do Parlamento

15 de fevereiro de 2025

Deputado Arlindo Barbosa, do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) foi eleito ontem segundo vice-presidente do parlamento, após mais de dois anos de sucessivas rejeições por parte da maioria parlamentar.

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Parlamento são-tomense (foto de arquivo)
Parlamento são-tomense (foto de arquivo)Foto: DW/R. Graça

Arlindo Barbosa é um dos vice-presidentes do MLSTP, e foi secretário da mesa da Assembleia Nacional durante a última legislatura (2018-2022). Também um secretário da mesa do parlamento do MLSTP foi ontem eleito, completando a estrutura.

Os lugares estavam por preencher desde o início da legislatura em 2022, porque a maioria parlamentar, liderada pela Ação Democrática Independente (ADI), com 30 eleitos entre 55 deputados, rejeitou, em várias sessões de votação secreta, todos os nomes propostos pelo MLSTP.

 Carlos Vila Nova
Carlos Vila NovaFoto: Ramusel Graça/DW

"Retrocesso democrático"

No ano passado, o Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, considerou que a situação representava um retrocesso para a democracia do arquipélago, e hoje declarou-se aliviado.

"É um bom sinal, um grande alívio. Era uma preocupação que eu próprio já tinha manifestado várias vezes [...] eu acho que foi finalmente ultrapassado um défice democrático", disse Carlos Vila Nova, quando interpelado pela Lusa sobre a situação.

Além dos membros da mesa do parlamento, os deputados elegeram o ex-primeiro-ministro e deputado do MLSTP Jorge Bom Jesus como um dos representantes do parlamento no Conselho de Estado, e ainda um outro representante indicado pelo mesmo partido foi eleito membro do Conselho Superior de Imprensa.

 Patrice Trovoada
Patrice TrovoadaFoto: Li He/Xinhua/IMAGO

Demissão

A viabilização destes nomes acontece após o Presidente da República ter demitido o Governo do ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, em 06 de janeiro.

Desde então, Patrice Trovoada que é também presidente da ADI, abandonou o país e tem comunicado através de vídeos nas redes sociais, tendo admitido que a ADI vive o "período mais difícil da sua existência" e corre o risco de desaparecer, após "o golpe" que derrubou o Governo.

Na segunda-feira o parlamento são-tomense viabilizou, com apoio de todos os partidos, o programa do Governo liderado por Américo Ramos, que disse estar focado na "criação de riqueza" e na "transformação estrutural da economia e do Estado".

À lupa: A luta pela independência e a Revolução dos Cravos

Lusa Agência de notícias