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União Europeia reitera apoio militar à Ucrânia

cm | com agências
7 de março de 2025

Cimeira dos 27: UE enfatiza que qualquer acordo de paz para Ucrânia deve incluir "garantias de segurança " para Kiev, a fim de evitar futuras agressões russas.

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EU-Gipfel Ursula von der Leyen
Foto: Nicolas Tucat/AFP

A cimeira extraordinária da União Europeia (UE) para discutir os novos objetivos de investimento na defesa conjunta e o apoio a Kiev, foi marcada depois de a administração Trump ter assinalado que a Europa deve cuidar da sua própria segurança e de ter suspendido a assistência à Ucrânia. O encontro de alto nível começou com uma reunião com o próprio Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Entrega de sistemas de defesa aérea, armas e munições, o processo de adesão da Ucrânia à NATO e as sanções contra a Rússia, foram alguns dos temas abordados entre o Presidente da Ucrânia e os líderes europeus. No encontro, Volodymyr Zelensky agradeceu a União Europeia pelo apoio constante desde o início da guerra.

"É ótimo saber que não estamos sozinhos. Sentimos isso e sabemos disso. Muito obrigado por tudo e pelos sinais para aumentar a nossa produção e para um novo programa para aumentar a segurança europeia. Penso que são ótimas decisões”, disse. 

Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia
Volodymyr Zelensky, Presidente da UcrâniaFoto: Nicolas Tucat/AFP/Getty Images

Rearmar a Europa

A presidente da Comissão Europeia quer mobilizar 800 milhões de euros para investir na defesa. Ursula von der Leyen reiterou que, face ao "perigo claro e presente” que o bloco comunitário enfrenta, torna-se premente uma Europa capaz de se proteger.

"O plano "Rearmar a Europa” prevê até 800 mil milhões de euros para investimentos na defesa. Dá aos Estados-Membros espaço fiscal para investir na defesa e a possibilidade de investirem na indústria de defesa ucraniana ou de adquirirem capacidades militares que serão imediatamente enviadas para a Ucrânia", argumenta. 

E von der Leyen entende ainda que "é benéfico para o rearmamento da União Europeia, mas também para o armamento da Ucrâniana sua luta existencial pela sua soberania e integridade territorial”.

Também o chanceler cessante da Alemanha defende que um futuro acordo deve garantir a "soberania e independência” de Kiev. Sublinhando a importância de a Europa reforçar a sua própria segurança, Olaf Scholz acrescenta ainda que a Alemanha já se prepara para isso mesmo.

"O mais importante é que a Ucrânia continue a ser uma nação soberana, independente e democrática, em especial reafirmando que o caminho da Ucrânia para a União Europeia pode continuar inalterado e que garantimos o nosso apoio", sublinha. 

Para o chanceler alemão "trata-se, evidentemente, de garantir que a própria Europa esteja em condições de reforçar ainda mais a sua segurança".

Mark Rutte, secretário-geral da NATO
Mark Rutte, secretário-geral da NATOFoto: Wolfgang Rattay/REUTERS

Relativamente ao seu país, Scholz assegura que "a Alemanha está a preparar-se para reforçar o seu poder financeiro, também através da alteração da Constituição, para sermos capazes de criar ou fundos necessários para a defesa, mas também os fundos necessários para reforçar a nossa economia e as nossas infraestruturas”.

Preocupação

Por sua vez, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, mostra-se "cautelosamente otimista” com a evolução das relações entre os Estado Unidos e a Ucrânia, depois da discussão mediática entre os presidentes do dois países na semana passada na Casa Branca.

"Estou satisfeito com o facto de os Estados Unidos e a Ucrânia estarem agora a discutir a forma de avançar com esta questão e de resolver algumas dificuldades. Isso está agora em curso. Estou cautelosamente otimista quanto à obtenção de bons resultados”, disse Rutte.

Esta é a mais reunião de emergência dos líderes da União Europeia, desde o encontro explosivo entre Trump e Zelensky. Com o apoio militar e financeiro dos EUA à Ucrânia suspenso e numa altura em que as relações transatlânticas parecem estar cada vez mais fracas, a União Europeia não vê outra alternativa senão apostar ela própria na sua segurança.

A "lista de desejos" de Zelensky