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Maputo: Médicos ameaçam paralisar atividades extraordinárias

25 de maio de 2025

Médicos afetos ao Hospital Central de Maputo, o maior do país, ameaçam paralisar o trabalho extraordinário a partir do dia 01 de junho, exigindo o pagamento das horas extra.

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Hospital Central de Maputo
Médicos afetos ao Hospital Central de Maputo exigem o pagamento das horas extra.Foto: DW/J. Beck

Numa carta dirigida ao diretor-geral do Hospital Central de Maputo (HCM), os profissionais dizem que vão interromper os serviços a partir das 15:30, além dos feriados e fins de semana, até que a dívida seja liquidada. 

Em causa está a falta de pagamento das horas extraordinárias à classe, que se estende por 13 meses, dizem.

A última paralisação dos médicos daquele hospital aconteceu entre maio e julho do ano passado, tendo culminado, na altura, com acordos entre a classe e a direção do hospital, que no entanto não foram cumpridos, acusam os clínicos na carta.

“Após inúmeras reuniões, o que se verifica é que não está sendo feito o pagamento da forma previamente acordada, existindo ainda dívidas de 2024 (janeiro a abril e agosto a dezembro) e os cinco meses de 2025", explica o documento.

Segundo os médicos, esta situação tem levado a um "acentuado desgaste físico, emocional e financeiro" devido aos custos com as deslocações para execução das referidas atividades.

“Este posicionamento da direção-geral do HCM constitui um verdadeiro retrocesso em relação ao acordado em reuniões anteriores entre as partes nas quais se exortava que os médicos residentes dessem um voto de confiança à mesma para a resolução dos problemas concernentes ao processo de pagamento das horas extras”, acrescenta.

O ministro da Saúde de Moçambique apelou em 12 de maio ao diálogo para travar greves no setor da saúde, referindo que o executivo está a trabalhar para assegurar melhores condições de trabalho aos enfermeiros e outros profissionais da saúde.

“Há muitos problemas que já foram ultrapassados e estamos a ultrapassar, principalmente com o diálogo. Nós estamos abertos ao diálogo, porque estou ciente de que há desafios no setor, não nego isto, mas em conjunto vamos ultrapassar. Estamos a buscar consensos dentro do setor para resolver o problema da classe”, declarou Ussene Isse.

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Lusa Agência de notícias