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PRM diz que usa "meios legítimos" para dispersar protestos

18 de março de 2025

A polícia moçambicana disse que usa "meios legítimos" para dispersar manifestantes, admitindo a possibilidade de haver feridos durante a dispersão de protestos que bloqueiam as vias e a circulação de pessoas e bens.

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Moçambique | Protesto em Maputo
PRM diz que usa "meios legítimos" para dispersar manifestantes, admitindo a possibilidade de haver feridos (imagem de arquivo)Foto: Silaide Mutemba/DW

“Os apelos esgotam-se, pelo que as pessoas devem se abster de cometer vandalismo, mas também de bloquear vias e, nestas circunstâncias de esgotamento desses apelos, às vezes os manifestantes ou os que se propõem a manifestar-se vão criando situações de vandalismo e nós temos meios legítimos de prevenção a estes factos”, disse esta terça-feira (18.03) o chefe de departamento de relações públicas do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Leonel Muchina.

Em conferência de imprensa em Maputo, o responsável repetiu que as autoridades policiais têm usado “meios de dispersão de massas” para travar protestos, referindo que estes são “legítimos”, dando como exemplo o “gás lacrimogéneo”.

“Nestas circunstâncias pode eventualmente haver feridos (...), que são circunstâncias involuntárias”, disse Muchina.

O responsável referiu que “manifestar-se é constitucional”, mas pediu “respeito” para com os outros direitos fundamentais dos cidadãos, indicando que “o direito de uns de ir e vir não pode ser ser colocado em causa por aqueles que se propõem a bloquear vias”.

“Há serviços sociais que são colocados em causa, as pessoas não podem ter acesso aos hospitais, justamente porque alguns entendem que o seu direito tem maior valor em relação aos outros e nestas circunstâncias às vezes há necessidade, sim, de haver dispersão de massas para possibilitar o acesso da via”, disse Leonel Muchina.

A polícia de Moçambique disse ainda aos jornalistas que ninguém deve ser coagido a tomar parte de uma reunião ou manifestação, defendendo que as “manifestações violentas” fazem retroceder o desenvolvimento do país.

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Lusa Agência de notícias