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Moçambique: FRELIMO e PODEMOS aprovam Orçamento para 2025

10 de maio de 2025

Principal partido da oposição moçambicana votou a favor do PESOE 2025. "Não o fazemos por complacência, mas por esperança, não por rendição, mas por responsabilidade", explicou o deputado do PODEMOS, Elísio Muaquina.

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Mosambik I Parlament von Mosambik
Foto: Roberto Paquete/DW

Os deputados moçambicanos da FRELIMO e do PODEMOS aprovaram, este sábado, em definitivo a proposta de lei do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) de 2025.

O PESOE foi aprovado em definitivo com 193 votos a favor da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) e com 23 votos contra da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

O principal líder da oposição moçambicana, votou a favor apontando que tem "consciência" de que o PESOE é importante para a prossecução dos objetivos do Governo rumo à estabilidade e bem-estar das populações.

"Não o fazemos por complacência, mas por esperança, não por rendição, mas por responsabilidade (...) aprovamos porque queremos dar ao país uma oportunidade e o país precisa de soluções concretas. É um ato de fé e respeito pelo funcionamento mínimo das instituições do Estado", disse o deputado Elísio Muaquina.

Campanha eleitoral em Moçambique, 2024
"Não o fazemos por complacência, mas por esperança, não por rendição, mas por responsabilidade (...)", explicou o partido PODEMOSFoto: Nádia Issufo/DW

Antes, e a par com os outros partidos da oposição, o PODEMOS havia deixado críticas a alguns pontos do Orçamento.

A FRELIMO defendeu ser essencial para a consolidação do desenvolvimento e melhoria das condições de vida das populações, priorizando investimentos nos setores sociais e valorização dos recursos naturais.

 "O PESOE está plenamente alinhado com pilares do desenvolvimento do país. É uma resposta clara e objetiva e concentra as legítimas aspirações do povo com impacto objetivo na melhoria das suas condições de vida (...) É portador de soluções para a modernização da economia", disse o deputado Aleixo Evaristo Siedade.

MDM e RENAMO votam contra

Já o MDM explicou que chumbou o documento por entender que não responde aos anseios da população, sobretudo aos jovens no concernente a estratégias para acesso ao emprego e habitação.

"Com este documento, a vida continuará cara e a greve na função pública continuará. O Governo não apresenta estratégia clara para acabar com a corrupção no Estado", disse a deputada Judite Macuacua, que também elencou a ausência, no documento, de fundos para reabilitar a Estrada Nacional 1 como um dos motivos para reprovar o PESOE.

A RENAMO também votou contra por considerar que não apresenta com clareza os mecanismos para alocação de meios de transporte para as províncias, combate à fome, plano de reabilitação da Estrada Nacional 1, estratégias para acabar com a corrupção e política de habitação.

"Votamos contra porque é um instrumento para o moçambicano ouvir, de plano não tem nada, o Estado está falido e este orçamento é alucinação própria de um moribundo (...) Na indústria não há nada de novidade e a existente está falida. Os recursos pertencem às elites da Frelimo e a educação e saúde estão uma lástima", afirmou o deputado Fernando Lavieque.

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Lusa Agência de notícias
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