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Moçambique: Desinformação compromete vacinação contra cólera

7 de fevereiro de 2025

As autoridades de saúde de Nampula, no Norte de Moçambique, admitiram que mitos e desinformação comprometem a meta de vacinação contra a cólera em Mogovolas, entre os mais afetados naquela província moçambicana.

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Campanha de vacinação em Cabo Delgado (foto de arquivo)
Dados partilhados pelo Ministério da Saúde de Moçambique, indicam que entre outubro e janeiro foram reportados 302 casos de cólera na província de NampulaFoto: Ricardo Franco/International Committee of the Red Cross

As autoridades pretendiam atingir 197.999 pessoas, mas acabaram vacinando 169.865, o que corresponde a 85,8%, afirmou à Lusa Samuel Carlos, Representante do Serviço Provincial de Saúde em Nampula, em Moçambique.

Devido a onda de desinformação, com as comunidades a acusarem os técnicos de saúde no terreno de estarem a propagar a doença, populares do centro de Saúde de Mogovolas, destruíram o Centro de Tratamento da Cólera, bem como bloco operatório do parceiro estratégico do governo, a Médicos Sem Fronteira.

"Infelizmente não conseguimos vacinar todos (...) mas para nós este resultado foi encorajador, porque prevíamos uma certa resistência. Com ajuda da força militar foi possível prosseguir com a campanha", acrescentou.

Trata-se de uma campanha levada a cabo num distrito que conta com uma população estimada em 457 mil habitantes e a campanha decorreu entre 06 e 10 de janeiro, incidindo em pelo menos três pontos considerados críticos, nomeadamente Nametil-7, Matua, Nanhupo-Rio.

Dados partilhados pelo Ministério da Saúde no sábado (01.02), indicam que entre outubro e janeiro foram reportados 302 casos de cólera na província de Nampula, com um total de 29 óbitos.

O último relatório sobre a progressão da doença no país, referente ao período de outubro de 2023 a julho de 2024, indicava um total de 16.506 infetados, com uma taxa de letalidade de 0,2%, em todo o país. 

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Lusa Agência de notícias