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Moçambique: Aumento de casos de Mpox preocupa população

29 de julho de 2025

O número de casos de Mpox subiu de 10 para 17, todos no distrito de Lago, província de Niassa. A população teme possível propagação da doença, mas o setor da saúde garante estar preparado para responder à situação.

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Caso de Mpox
Autoridades apelam aos moçambicanos que continuem com as medidas de prevenção (foto ilustrativa)Foto: WHO/Aton Chile/IMAGO

O aumento de casos de Mpox tem sido uma preocupação para os moçambicanos. Com 17 casos confirmados e mais de 36 casos suspeitos, cidadãos ouvidos pela DW pedem mais vigilância das autoridades.

A cidadã moçambicana Neide Mussane sugere que as autoridades redobrem a divulgação da doença e alguns métodos de prevenção.

"Vai ser muito difícil se essa doença se alastra para mais pontos, no momento inicial é o momento perfeito para se controlar o vírus. Se nesse momento o setor de saúde não consegue controlar, dificilmente vai conseguir controlar quando estiver na região sul, na região centro, em vários pontos do país", diz.

Benefiel Bonga, outro cidadão ouvido pela DW, receia que o país não tenha capacidade para enfrentar o surto: "Moçambique não está preparado para encarar, uma vez que a USAID já não está mais connosco e precisa de fundos para lidar com essa nova realidade. Portanto é prematuro dizer que Moçambique está preparado, é uma situação bastante complicada para Moçambique."

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Autoridades dizem estar preparadas

Narciso Rondinho, diretor dos Serviços Provinciais de Saúde no Niassa, confirma o aumento de casos positivos de Mpox e garante que o setor está a trabalhar para controlar a doença.

"A província conta com 17 casos do vírus Mpox, distribuídos pela vila sede de Metangula, Cobué, Lupilichi e na zona de Maniamba, grande parte dos casos entram mesmo através de Lupilichi vindos da Tanzânia. Se os casos não aumentarem de uma forma vertiginosa, é sinal que Moçambique e a província juntamente com os parceiros estão preparados, razão pela qual os colegas estão todos no terreno", disse.

Para controlar a situação, o setor da saúde está a trabalhar com outras organizações com vista a controlar a proliferação do vírus, acrescenta Narciso Rondinho.

"Conseguimos destacar uma equipa técnica do setor de saúde, vinda do Ministério da província em coordenação com o Instituto Nacional de Saúde, também os parceiros de cooperação que nos ajudam no contexto de emergência como Organização Mundial de saúde, UNICEF, OIM neste preciso momento já estão nestes locais", adiantou o diretor.

O setor da saúde apela aos moçambicanos que continuem com as medidas de prevenção que se assemelham às tomadas durante a pandemia de Covid-19, como evitar o contacto próximo, aperto de mão e contacto direto com pessoas que têm o vírus, entre outras.

 

Conceição Matende Correspondente da DW África em Lichinga