Governo lamenta novos ataques e quer "menos sofrimento"
9 de setembro de 2025"Lamentamos este infortúnio, mas não paramos nesta componente da lamentação. Por isso é que estamos com forças empenhadas para o efeito e detalhes deste serão dados, se este for o caso, pelas entidades de segurança que estão efetivamente no terreno ou então pelos responsáveis ao nível central", disse Inocêncio Impissa, porta-voz do Conselho de Ministros, após mais uma sessão do órgão, em Maputo.
Numa menção ao ataque ocorrido em Mocímboa da Praia, no domingo (07.09), em que foram mortas quatro pessoas, assegurou que as Forças de Defesa e Segurança "estão em campo e no terreno", sob coordenação dos ministros da Defesa e do Interior, a quem atribuiu a responsabilidade de dar informações sobre o ponto de situação naquela região.
O porta-voz do Executivo moçambicano referiu ainda que é papel do Estado travar a "onda de malfeitores" em Cabo Delgado para que não se registem novos ataques e não se ponha em causa a "tranquilidade dos moçambicanos em qualquer parte do país".
"O papel do Estado é garantir que os cidadãos tenham menos sofrimento possível (...). O papel do Estado vai ser este de continuar a perseguir e retardar naturalmente qualquer tipo de ataque e perseguição da população moçambicana", referiu ainda Impissa.
Ataques recentes
Pelo menos quatro pessoas foram mortas e uma viatura incendiada após supostos terroristas entrarem a disparar na vila sede de Mocímboa da Praia, disseram à Lusa, na segunda-feira (08.09), fontes locais.
O administrador distrital confirmou as quatro mortes, referindo que já foi restabelecida a ordem naquela região, com as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas a perseguir os supostos terroristas que atacaram a vila.
A província de Cabo Delgado regista um recrudescimento de ataques de grupos rebeldes desde julho, tendo sido alvos os distritos de Chiúre, Muidumbe, Quissanga, Ancuabe, Meluco e mais recentemente Mocímboa da Praia.
Na segunda-feira, a Lusa noticiou também que pelo menos seis pessoas foram mortas e campos agrícolas saqueados durante um ataque de supostos terroristas, no distrito de Muidumbe, ocorrido no sábado.