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ConflitosIsrael

Mais de 300 mortos em novos ataques israelitas em Gaza

DW (Deutsche Welle) | com agências
18 de março de 2025

Israel reiniciou esta terça-feira os ataques aéreos na Faixa de Gaza, numa altura em que as conversações de cessar-fogo e as negociações com o grupo palestiniano Hamas para a libertação dos reféns estão num impasse.

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Pessoas nos escombros de uma escola transformada em acampamento após um ataque israelita na cidade de Gaza, em 18 de março de 2025
Israel consultou a administração Trump antes da nova série de ataques contra a Faixa de Gaza, disse a Casa BrancaFoto: OMAR AL-QATTAA/AFP/Getty Images

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza anunciou um novo balanço de "pelo menos 330 mortos, na sua maioria crianças e mulheres", nos ataques de Israel contra o território palestiniano dominado pelo Hamas.

Há também centenas de feridos, "dezenas dos quais em estado crítico", declarou à agência de notícias AFP Mohamed Zaqut, funcionário do Ministério da Saúde..

O balanço anterior dava conta de que pelo menos 205 pessoas morreram na madrugada desta terça-feira (18.03) em ataques do exército israelita contra a Faixa de Gaza, em várias localidades do norte e do sul, informaram a agência noticiosa palestiniana Sanad e outros meios de comunicação social locais, citando fontes governamentais do enclave.

Dezenas de pessoas também foram mortas em ataques na cidade de Khan Younis, no sul do território.

As vítimas estão a chegar aos hospitais Al Shifa (norte) e Nasser e European Hospital (sul), de acordo com imagens distribuídas pelos meios de comunicação palestinianos, que mostram crianças e bebés entre os mortos.

Meios de comunicação palestinianos citam entre os mortos Mahmoud Abu Watfa, chefe-adjunto do Ministério do Interior do Hamas - um óbito que ainda não foi oficialmente confirmado.

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Negociações num impasse

Num post no X, as Forças Armadas israelitas anunciaram que "estão a conduzir ataques extensivos a alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou os ataques devido à falta de progressos nas negociações para prolongar o cessar-fogo.

O gabinete de Netanyahu manifestou a sua frustração pelo facto de o Hamas se ter recusado a libertar os reféns. Israel e o Hamas estão em guerra desde os ataques de 7 de outubro, mas entraram num cessar-fogo em 19 de janeiro.

Um alto funcionário do Hamas disse à agência de notícias Reuters que Israel está a pôr unilateralmente termo ao acordo de cessar-fogo, com o grupo a acusar Israel de retomar a "agressão" contra civis palestinianos em Gaza.

O Hamas já avisou que os novos ataques violam o cessar-fogo e colocam em risco o destino dos reféns que fez no âmbito dos ataques de 7 de outubro de 2023 contra Israel.

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Israel consultou EUA

Israel consultou a administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (17.03), antes de lançar a nova série de ataques contra Gaza, disse a Casa Branca.

"A administração Trump e a Casa Branca foram consultadas pelos israelitas sobre os seus ataques em Gaza esta noite", disse a secretária de imprensa Karoline Leavitt no programa "Hannity" da Fox News.

"Como o Presidente Trump deixou claro, o Hamas, os Huthis, o Irão, todos aqueles que procuram aterrorizar não só Israel, mas também os Estados Unidos da América, terão um preço a pagar - o inferno vai rebentar", disse Leavitt na entrevista televisiva.