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Estado de DireitoMoçambique

Quissanga: "Logística complexa" adia início de recenseamento

2 de maio de 2024

CNE disse hoje que o recenseamento eleitoral previsto para iniciar na quarta-feira em Quissanga, em Cabo Delgado, foi adiado face à violência armada. O processo só arrancou hoje face à "logística extremamente complexa".

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Wahlen in Mosambik
Foto: Amós Fernando/DW

"Devido a questões logísticas, trata-se de uma logística extremamente complexa, não foi possível o recenseamento arrancar ontem (...) Primeiro era preciso colocar contingente policial e depois trazer as brigadas juntamente com os polícias que vão fisicamente guarnecer os brigadistas e os equipamentos", disse Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), durante uma conferência de imprensa em Maputo.

O inicio do recenseamento eleitoral em Quissanga, Cabo Delgado, estava previsto para quarta-feira (01.05), depois de concluído no resto do país, e ter sido adiado naquele distrito do norte de Moçambique face à insegurança provocada por ataques de grupos de insurgentes. 

Segundo a CNE, até às 19:00 de quarta-feira pelo menos 13 brigadas, das 15 previstas, tinham sido instaladas no distrito de Quissanga, faltando duas nas ilhas de Mefunvo e Arimba que aguardam a polícia lacustre e fluvial para fazer a escolta.

"Hoje as 13 brigadas instaladas arrancaram com o processo de registo e prevemos que este processo vá até ao dia 15, conforme a determinação do Conselho de Ministros", disse Paulo Cuinica, referindo que está prevista a inscrição de 28.930 eleitores em Quissanga.

O recenseamento eleitoral em Moçambique arrancou em 15 de março e terminou em 28 de abril. Mais de 7,6 milhões de eleitores foram inscritos para as eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, o correspondente a 102,30% do total previsto, avançou hoje a CNE.

Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE)
Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE)Foto: DW/R. da Silva

Pelo menos 14 formações políticas já se inscreveram para o escrutínio, entre as quais estão dois dos três partidos parlamentares, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

Moçambique realiza a 9 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não concorre o atual Presidente da República e líder da FRELIMO, Filipe Nyusi, por ter atingido o limite de dois mandatos previsto na Constituição.

Além de Quissanga, o prazo para o fim do recenseamento eleitoral foi estendido até 5 de maio na Tanzânia devido ao atraso de nove dias na chegada do equipamento para o processo naquele país.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

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Lusa Agência de notícias
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