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Angola: JURA denuncia detenção de secretário de mobilização

9 de agosto de 2025

A JURA, braço juvenil da UNITA, denuncia a detenção “ilegal” do secretário de mobilização, Oliveira Francisco, acusado de terrorismo, associação criminosa e instigação de atos nas redes sociais.

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Manifestantes protestam no centro de Luanda em novembro de 2020
Luanda tem sido marcada por protestos e tumultos nas últimas semanasFoto: Borralho Ndomba/DW

O braço juvenil da UNITA, a Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), denunciou a detenção "ilegal” do seu secretário nacional para a mobilização urbana, Oliveira Francisco, ocorrida na quarta-feira, 7 de agosto, em Luanda, Angola.

Segundo o líder da JURA, Nelito Ekuikui, em declarações à DW, Oliveira Francisco foi acusado de terrorismo, associação criminosa e instigação de atos de subversão nas redes sociais. No mesmo dia, um jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA) também foi detido.

De acordo com o Novo Jornal, ainda não é claro se estas detenções estão relacionadas com os tumultos registados na semana passada, durante a greve de taxistas contra o aumento do preço do combustível.

Nelito Ekuikui, líder da JURA, numa foto em Luanda em 2023
Nelito Ekuikui considera as autoridades angolanas violaram a legalidade ao deterem o dirigente da JURAFoto: Borralho Ndomba/DW

Nelito Ekuikui afirmou que as autoridades angolanas violaram normas legais ao deterem o dirigente da JURA.

"A casa dele foi arrombada. Arrombaram a porta, foi molestado no ato da detenção. Houve tortura física e psicológica. Foi detido sem mandado de captura. O mandado de captura foi-lhe apresentado apenas às 17h00 do dia de ontem, o que é uma clara violação da Constituição e das leis da República de Angola e de outros tratados internacionais que Angola subscreve”, acusou.

O líder juvenil considera que a acusação tem "fundo político”: "Quando se está a acusar alguém de terrorismo e financiamento ao terrorismo, o fundo é político. Mas queremos acompanhar o processo e esperar que o Ministério Público faça a acusação como fez e haja provas materiais.”

Ekuikui defendeu ainda que "terrorismo não é só uma palavra vã” e que é necessário compreender "que atos de terrorismo ele está a ser acusado e qual é o valor do financiamento de que ele está a ser acusado”.

O dirigente reafirmou o apoio total da JURA a Oliveira Francisco e criticou as "detenções arbitrárias” que, segundo diz, continuam a ocorrer no país. 

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Braima Darame - Jornalista DW
Braima Darame Jornalista da DW África