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ConflitosMédio Oriente

Israelitas exigem acordo para libertação de reféns

22 de agosto de 2025

Israelistas saem às ruas para exigir o fim da guerra em Gaza e um acordo que liberte os reféns. E prometem: enquanto não houver acordo, os protestos continuam. Mas o avanço militar prossegue com a benção do PM.

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Israel Tel Aviv 2025 | Protestos pelo fim da guerra na Faixa de Gaza e pela libertação de reféns israelitas
Foto: Shir Torem/REUTERS

Centenas de famílias e apoiantes dos reféns israelitas voltaram esta quinta-feira (21.08) às ruas de Tel Aviv. Com cartazes nas mãos e dor no coração, pedem o fim da guerra na Faixa de Gaza e um acordo urgente que traga os seus ente queridos de volta a casa.

Entre os manifestantes, estava Dudu Dotan que não escondeu a revolta com a forma como o Governo tem lidado com a situação. "Cada refém que ele conseguiu trazer de volta, foi através de acordos. E sempre que tentou libertá-los com força militar, acabou por causar a morte dos reféns, não o contrário", diz. 

Outro manifestante, Lawerence Sargent, defende que só um acordo total com oHamas pode pôr fim ao sofrimento: "Está na hora de fazermos um acordo com o Hamas. Um acordo para todos — para os 50 reféns que ainda estão em Gaza".

E Sargent é de opinião que "o mundo precisa de perceber que o Hamas tem a chave para acabar com esta guerra. Se querem paz, libertem os reféns. O povo israelita não vai deixar Netanyahu continuar esta guerra. Tenho a certeza disso".

Hili Hagil, também presente no protesto, diz que enquanto não houver acordo, os protestos vão continuar: "Estamos aqui hoje, e quase todos os dias, porque ainda há reféns em Gaza. São 50 pessoas — uma mulher e 49 homens. Acreditamos que 20 ainda estão vivos. Queremos todos de volta".

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"E como ainda não voltaram, continuamos a vir aqui, a pedir ao Governo que faça um acordo e os traga para casa", promete. 

Netanyahu faz ouvidos mocos

Perante a pressão crescente, oprimeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, anunciou esta quinta-feira (21.08), durante uma visita a um comando militar, que Israel vai iniciar negociações imediatas para a libertação dos reféns e o fim da guerra — mas apenas em termos aceitáveis para Israel.

Este anúncio surge como a primeira resposta pública à mais recente proposta de cessar-fogo mediada pelo Egipto e pelo Qatar. A proposta prevê a libertação de alguns reféns em troca de prisioneiros palestinianos, a retirada gradual das tropas israelitas e negociações para um cessar-fogo duradouro.

Apesar disso, o Exército israelita continua a operar em Gaza. Na quarta-feira (20.08) foram mobilizados 60 mil reservistas, sinal de que os planos militares continuam em marcha, mesmo com críticas da comunidade internacional.

E centenas de palestinianos saíram ontem às ruas na Faixa de Gaza contra deslocações forçadas, com o avanço da ocupação militar de Israel ao enclave.

Durante a visita às tropas, Netanyahu elogiou o esforço dos soldados: "Agradeço imenso o empenho dos soldados da reserva e, claro, do Exército regular, nesta missão vital. Estas duas questões — derrotar o Hamas e libertar todos os nossos reféns — andam de mãos dadas".

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AP Agência de notícias
AFP Agência de notícias
Reuters Agência de notícias