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ConflitosIsrael

Israel e EUA não querem acordo em Gaza "a qualquer preço"

DW (Deutsche Welle) | EFE | Reuters
10 de julho de 2025

No seu terceiro dia em Washington, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel tem "uma estratégia conjunta” com os EUA para atingir um objetivo comum. E nem ele nem Trump aceitarão acordo em Gaza "a qualquer preço", frisou.

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Imagem mostra a destruição causada pela ofensiva aérea e terrestre israelita em Rafah, na Faixa de Gaza,
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou aos EUA na segunda-feira para discutir com Donald Trump um possível cessar-fogo de 60 dias na Faixa de GazaFoto: Jehad Alshrafi/AP/picture alliance

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu em Washington, na quarta-feira (09.07), que nem o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nem ele estão dispostos a aceitar um acordo em Gaza "a qualquer preço".

O líder israelita reuniu-se na capital norte-americana com senadores democratas e republicanos e disse aos jornalistas, antes do encontro, que está coordenado com Trump no seu objetivo de fazer com que "Gaza deixe de representar uma ameaça" e recuperar os reféns.

"Para atingir este objetivo comum, temos uma estratégia conjunta. Temos não só uma estratégia comum, mas também tácticas comuns. Isto não significa pressão ou coerção, mas sim coordenação total. O Presidente Trump quer um acordo, mas não a qualquer preço. Eu quero um acordo, mas não a qualquer preço", disse Netanyahu.

O primeiro-ministro israelita sublinhou que o seu país tem "requisitos de segurança" e salientou que nenhuma das partes pretende a saída forçada dos palestinianos da Faixa de Gaza.

"Se as pessoas querem sair de Gaza, devem ter o direito de o fazer e não ser detidas pelo Hamas. (...) Chama-se liberdade de escolha. Nada mais do que isso, nenhuma coerção, nenhuma saída forçada", disse.

Após o seu segundo encontro com Trump, na terça-feira (08.07), que decorreu à porta fechada, o primeiro-ministro israelita sublinhou que o seu país está determinado a atingir todos os seus objectivos.

Netanyahu reúne-se com Hegseth

A visita de Netanyahu aos EUA deverá terminar esta quinta-feira (10.07), embora a imprensa israelita não tenha excluído a possibilidade de a prolongar. A agenda de quarta-feira incluiu um encontro no Pentágono com o Secretário da Defesa norte-americana, Pete Hegseth.

Nessa reunião, Netanyahu agradeceu aos Estados Unidos a chamada "Operação Martelo da Meia-Noite", quando Washington bombardeou três instalações nucleares iranianas no final de junho.

O Presidente dos EUA, Donald Trump (quarto a contar da esquerda), reúne-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu (quarto a contar da direita), num jantar na Sala Azul da Casa Branca, a 7 de julho de 2025
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (quarto a contar da direita), participou num jantar com o seu homólogo dos EUA, Donald Trump, na segunda-feira (07.07),na Casa BrancaFoto: Alex Brandon/AP/picture alliance

"Penso que toda a gente tomou nota. Penso que o Irão tomou nota. Penso que todos no Médio Oriente tomaram nota da determinação americana e da força da nossa aliança. Penso que foi como o rugido de dois leões e foi ouvido em todo o mundo. Por isso, mais uma vez obrigado e a nossa admiração por tudo o que fizeram", disse a Hegseth.

Netanyahu chegou aos Estados Unidos na segunda-feira (07.07) para discutir com o líder republicano um possível cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza, que deverá servir para negociar o fim definitivo do conflito.

Hamas aceita libertar 10 reféns

O grupo islâmico palestiniano Hamas anunciou esta quarta-feira (09.07), em comunicado, estar disposto a libertar dez reféns israelitas como mostra de "flexibilidade" e "vontade", numa altura em que decorrem as conversações para negociar uma nova trégua com Israel na Faixa de Gaza.

O diálogo ocorre em Doha, com a mediação do Qatar. Hamas e o governo de Israel negociam há quatro dias uma proposta de trégua idealizada pelos Estados Unidos e anunciada há mais de uma semana pelo Presidente Donald Trump, sem que até agora tenham chegado a acordos significativos.

Trump disse na quarta-feira que um acordo para essa trégua poderia ser alcançado "esta semana ou na próxima". Até agora, a Casa Branca mostrpu-se confiante de que um acordo poderá ser alcançado até ao final desta semana.

O Hamas assegurou no comunicado que os pontos principais do acordo continuam "sob negociação", como a entrega de ajuda humanitária e a presença de tropas israelitas na Faixa.

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EFE Agência de notícias
Reuters Agência de notícias