Ilhas dos Bijagós declaradas Património Mundial Natural
13 de julho de 2025A decisão foi anunciada este domingo (13.07), em Paris, França, durante a 47.ª reunião do Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que decorre até dia 16, na sede da organização na capital francesa.
Esta é "uma conquista histórica " para a Guiné-Bissau, com as ilhas consideradas um tesouro natural reconhecidas com o estatuto mundial. A comitiva chefiada pelo ministro do Ambiente, Viriato Cassamá, festejou na sala da UNESCO, em Paris, o anúncio.
O Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), que conduziu o processo da candidatura, marcou para o final da tarde deste domingo a celebração na sede do organismo público.
O arquipélago dos Bijagós, na costa ocidental de África, é uma parte do território marinho e costeiro da Guiné-Bissau, composto por 88 ilhas e ilhéus, com uma extensão de 2,6 quilómetros quadrados, onde vivem, nas 23 ilhas habitadas, cerca de 33 mil dos dois milhões de habitantes do país.
As ilhas Bijagós já conquistaram várias distinções, também da UNESCO, concretamente Reserva da Biosfera, em 1996, Don a Terra, em 2001, e Sítio RAMSAR, em 2014, pela importância desta zona húmida a nível internacional.
A candidatura, agora aprovada, do "Ecossistema Marinho e Costeiro do Arquipélago dos Bijagós - OMATÍ MINHÕ" concentra-se nos três parques naturais, concretamente o Parque Natural das Ilhas de Orango, o Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão e a Área Marinha Protegida Comunitária das Ilhas Urok e a ligação entre esses três parques.
Parque Nacional de Maputo elevado a Património Mundial
A UNESCO inscreveu também o Parque Nacional de Maputo na lista do Património Mundial da humanidade.
A UNESCO destacou que o Parque Nacional de Maputo “inclui ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, e abriga quase 5.000 espécies. O local complementa os valores de conservação de iSimangaliso [parque contíguo da África do Sul], aprimorando a proteção da biodiversidade em todo ecossistema da região de Maputo”.
Acrescenta-se que o local apresenta “habitats diversos, incluindo lagos, lagoas, mangais e recifes de corais”, incluindo longas praias, dunas, pântanos, extensas zonas húmidas, diversas ervas, fornecendo um habitat para uma gama de espécies marinhas da África do Sul, destacando-se igualmente a sua conservação de longa data.