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SociedadePortugal

Bissau envia delegação a Portugal após morte de Bruno Candé

Lusa | bd
29 de julho de 2020

Parlamento da Guiné-Bissau decidiu enviar a Portugal uma delegação para apurar as circunstâncias da morte do ator Bruno Candé.

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Foto: DW/J. Carlos

Segundo uma resolução aprovada nesta quarta-feira (29.07) pelos deputados da Guiné-Bissau reunidos em sessão parlamentar da X legislatura, a delegação parlamentar vai a Lisboa para contactos com as autoridades portuguesas sobre o assassínio do ator Bruno Candé e sobre a comunidade guineense.

Bruno Candé, de 39 anos de idade e de origem guineense, foi morto a tiro no sábado (25.07), em Moscavide, e o suspeito da morte do ator vai aguardar julgamento em prisão preventiva.

Portugal Lissabon | Ermordung Bruno Candé, Schauspieler | Trauer
Ator Bruno CandéFoto: DW/J. Carlos

A resolução da Assembleia Nacional Popular guineense, divulgada esta quarta-feira à imprensa, refere que foi autorizada a "criação e deslocação de uma delegação a Portugal com vista a manter contactos com as autoridades portuguesas sobre aquele assassínio e inteirar-se da situação dos cidadãos guineenses naquele país".

Parlamento pede justiça

Os parlamentares da Guiné-Bissau condenam o assassínio do ator, considerando que foi "fundado em motivos fúteis, por representar o que mais desprezível existe num ser humano".

Os deputados guineenses encorajam também as "autoridades portuguesas a prosseguir, com a urgência necessária, as devidas diligências, de modo a traduzir à Justiça o responsável por este ato ignóbil".

Na resolução, os deputados consideram que o assassínio ocorreu por "motivos racistas" e salientam que a "diversidade racial, cultural, étnica e religiosa representam do que de mais belo possui a humanidade" e que é da "responsabilidade coletiva a defesa e respeito por essa heterogeneidade planetária".

Na terça-feira (28.07), um grupo de cidadãos guineenses manifestou-se em frente à embaixada de Portugal em Bissau para pedir que a justiça seja feita no caso Bruno Candé. Os protestos também serviram para denunciar ataques racistas contra guineenses em Portugal.

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Lusa Agência de notícias
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